Operação intercepta empresários que sonegaram R$ 100 milhões em impostos

Investigações apontam movimentação de R$ 1 bilhão em subprodutos bovinos

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A Operação Tutano, realizada pela Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra a Ordem Tributária e a Secretaria Estadual da Economia, desarticulou uma organização criminosa suspeita de sonegar tributos na aquisição de subprodutos bovinos. Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em Goiânia, Abadia de Goiás e Trindade. O alvo são empresários que comercializavam subprodutos bovinos. “Começamos a apurar quem seriam os verdadeiros envolvidos, chegando a uma associação criminosa, composta por empresários, laranjas e também contadores, que articularam a constituição de empresas chamadas ‘noteiras’, colocando essas empresas em nome de laranjas com a finalidade de burlar o Fisco goiano”, afirmou o delegado Marcelo Aires durante entrevista exibida no Jornal Brasil Central Edição da Noite desta terça-feira (14).

De acordo com as investigações, nove empresários criaram quatro empresas fantasmas para comercializar tutano de boi, que é utilizado na fabricação de cosméticos, como, por exemplo, xampu, e também em rações, entre outras finalidades. Eles vendiam para fora do estado e, por isso, deveriam pagar impostos. “O Estado isenta essa operação aqui dentro de Goiás. Porém, quando esse produto é revendido para outro estado, esse pagamento deve ser antecipado”, explicou Montaigne Mariano, auditor fiscal. O grupo criminoso chegou a movimentar, desde 2017, R$ 1 bilhão e o prejuízo provocado ao Estado de Goiás passa de R$ 100 milhões. O grupo está sendo acusado por associação criminosa, sonegação fiscal e falsidade ideológica e irá responder processos na Justiça, que podem resultar em prisão.

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