No TBC 2, consultor financeiro explica como a alta do dólar impacta na inflação

Os apresentadores Danuza Azevedo e Guilherme Rigonato com o consultor financeiro João Gondim, nos estúdios da TBC

Prévia do índice inflacionário de setembro do País é a maior apurada pelo IBGE para o mês desde 2012; em Goiânia a taxa do período ficou em 1,10%

Em entrevista ao vivo para o TBC 2 nesta quarta, 23, o consultor financeiro João Gondim explicou aos apresentadores Danuza Azevedo e Guilherme Rigonato porque a alta do dólar impacta diretamente nos preços de alimentos tão caros ao consumidor brasileiro, como arroz, o feijão e carne.

De acordo com o IBGE, o IPCA-15 de setembro, índice que mede a prévia da inflação, foi o maior apurado para o mês desde 2012, e ficou em 0,45%. No mesmo período, a taxa de Goiânia foi de 1,10%.

Soma de fatores

Para João Gondim, a recente acelerada da inflação se deve a uma soma de fatores. O primeiro e o mais importante, segundo ele, é a questão da alta do dólar. Alimentos importantes na mesa do consumidor brasileiro, como o arroz e a carne, também são amplamente exportados para fora do País.

Então, para o agricultor, nesse momento, é mais interessante exportar, e receber em dólar, do que disponibilizar o produto no mercado interno. Para oferecer no mercado interno, o preço é aumentado. “É uma operação em cadeia por causa da alta do dólar”, afirmou.

O consultor financeiro apontou ainda a redução da taxa de juro básica (Taxa Selic), que além de ocasionar a alta do dólar, também faz com que as pessoas coloquem mais dinheiro na economia. Citou também a alta dos preços dos combustíveis, que impacta na cadeia produtiva como um todo. E além disso, alguns produtos estão na entressafra, com menor oferta. ”Aí essa soma é uma mistura explosiva para fazer os preços subirem”, destacou.

Dicas

A primeira orientação de João Gondim aos consumidores, no atual momento, é ter paciência. “Isso é cíclico, vai passar à medida que o dólar comece a cair, isso é normal, são movimentos naturais da economia”, argumentou. Conforme ele, logo o arroz e a carne vão retomar os preços “mais palatáveis”.

Outra dica é pesquisar. “Essa dica é soberana, vale para qualquer contexto. A melhor forma de você fugir da alta de preços é pesquisar as promoções e, eventualmente, substituir”, disse.

Admitiu que é difícil falar em substituição de artigos que são tão consumidos, quanto ao arroz e o feijão, “mas vale a pesquisa e, eventualmente trocar por outros alimentos que não foram tão impactados por essa alta do dólar e pela alta generalizada dos preços”.

Confira a entrevista na íntegra:

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