No TBC 1, superintendente de Vigilância alerta a população goiana para não se descuidar em relação à Covid-19

A superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual de Saúde, Flúvia Amorim, e a apresentadora Henaura Avelar, nos estúdios da TBC

Flúvia Amorim disse que mais importante que a estabilização é que a curva de casos e óbitos esteja na descendente e que ainda não é o caso de Goiás

A superintendente de Vigilância em Saúde, da Secretaria Estadual, Flúvia Amorim, reforçou nesta quinta-feira, 13, no TBC 1, da TV Brasil Central, em entrevista à apresentadora Henaura Avelar, o alerta que vem sempre fazendo para que a população goiana não se descuide em momento algum com relação à Covid-19, porque a doença requer muito cuidado e atenção e o nível de ocupação de UTIs está, em média, sempre acima de 80%, juntando as redes privadas e públicas. Ela informa que ainda precisamos de mais uma semana ou duas para ter essa certeza que Goiás atingiu o pico e que isso não significa muito, porque o importante é que a curva de infecção e morte seja descendente.

“O mais interessante é cair o número de casos e não ficarmos num platô”, afirmou Flúvia, acrescentando que já vimos algumas situações de lugares que chegam num pico e ficam lá por muito tempo. “O trabalho todo que está sendo desenvolvido e que precisa de mais força, com municípios e toda a estrutura estadual também, é para que a gente não só chegue ao pico, mas que comece a cair o número de casos”, observou.

Há fatores que podem ser considerados pontos fracos, enumerou: o contato sem precaução é um risco e pode impactar no aumento do número de casos e na manutenção desse número alto; as pessoas continuam suscetíveis ao vírus, visto que ainda não há vacina; o comportamento das pessoas é importante para dizer como será a situação agora e daqui para a frente. Disse que o aumento da testagem em Goiás é um fator muito bom, porque ajuda a identificar mais casos assintomáticos, auxiliando no controle da aceleração da curva. “Quanto mais pessoas positivas eu identificar, isolar e monitorar, menor é a chance dessas pessoas transmitirem para outras”, assinalou.

Testar é o caminho

Flúvia reafirmou que a testagem é o caminho certo, podendo inclusive impactar na curva: “Detectar mais é algo positivo, porque se isso acontece eu isolo mais e diminuo transmissão”. Para ela, o isolamento é importante, principalmente para as pessoas que estão com sintomas, “independente de resultado de exame”, e também para os assintomáticos e as pessoas que mesmo sem sintomas tenham o resultado positivo, seja por PCR, que é feito pelo nariz, seja por sorologia IGM.

Informou que os hospitais estaduais estão com taxa de ocupação em torno de 85%. “Públicos e privados estão com 90% a taxa de ocupação em UTIs, e está em 54% a taxa de enfermarias específicas para a Covid”, comunicou, observando que esses resultados não são bons. “Temos observado uma constância na taxa de ocupação, de 80% a 85%, em média, há duas semanas. Precisamos observar e ver qual será nossa tendência nos meses de setembro e outubro. A gente espera que seja um momento já de descida da incidência de casos” ponderou. 

Flúvia falou também que os dados de hoje mostram que Goiás está numa estabilização no número de casos e de óbitos. “Isso é o dado de hoje. Mas pode mudar. Mesmo quando estivermos na descida, não significa que a situação esteja sob controle, porque ela pode voltar como era antes, porque ainda não tem vacina, o vírus ainda está circulando e todas as medidas de precaução precisam ser mantidas” sentenciou.

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