No TBC 1, superintendente da Saúde diz que decreto prorrogando emergência é necessário porque ainda estamos no meio da pandemia

O superintendente de Ação Integral à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde, Sandro Rodrigues Batista, e a apresentadora Michelle Bouson, nos estúdios da TBC

Para Sandro Rodrigues, a pandemia não acaba porque as pessoas querem e por isso é importante reforçar as ações de prevenção

O Decreto assinado pelo governador Ronaldo Caiado esta semana prorrogou por mais 120 dias a situação de emergência em função da pandemia da Covid-19 em Goiás, porque, segundo o superintendente de Ação Integral à Saúde da Secretaria Estadual de Saúde (SES), Sandro Rodrigues Batista, ainda estamos no meio dela e “a prorrogação reforça ainda mais esse processo de pandemia da Covid-19 que a gente está passando em Goiás”. A informação foi repassada por ele em entrevista nesta sexta-feira, 11, ao TBC 1 da TV Brasil Central.

“A gente está no ponto alto da curva ainda. Não conseguimos segurança para falar que estabilizou ou que começou a cair. Houve esses acontecimentos agora no feriado que a gente tem um certo receio com relação ao que isso vai provocar. É uma média de 10 a 14 dias para a gente ter clareza do que essas aglomerações provocaram”, afirmou Sandro, observando que Goiás está hoje com mais de 160 mil casos e mais de 3.700 óbitos por Covid-19, portanto é importante reafirmar que o Estado está num momento sério da pandemia, “com o maior número de casos, maior número de óbitos”.

Na opinião dele, a pandemia não acaba porque as pessoas querem, por isso é importante reforçar as ações de prevenção, até que se possa ter uma redução sustentada ao longo do tempo. “O pessoal da saúde está todo estressado com esse processo. A gente nunca trabalhou como agora. Nós somos os que mais queremos que a pandemia acabe, mas isso não aconteceu ainda e precisamos ter a segurança necessária, como responsáveis pela saúde pública em Goiás”, assinalou.

Ele confirmou que o decreto vale pra tudo, inclusive os hospitais, o HCamp que foi montado em Goiânia, o de Águas Lindas e os outros hospitais regionais que foram preparados para esse atendimento, mesmo porque as taxas de ocupação neles estão entre 80% e 90%. “Numa situação mais crítica, esse número sobe acima de 90% sem nenhum tipo de problema. O único que deve ser desativado é o Hospital de Águas Lindas, que é uma estrutura modular e construída exclusivamente para o atendimento aos infectados pela Covid-19. Todos os outros hospitais, que foram organizados nessa época, agora já farão parte do nosso plano de atenção hospitalar do Estado. Na verdade, eles continuarão existindo, mas sem serem exclusivamente perfil Covid”, informou.

Aglomerações pioram quadro

Observou também que as aglomerações ocorridas nas cidades turísticas de Goiás durante o feriadão do 7 de setembro tendem a piorar esse quadro entre 10 a 14 dias e mostrou muita preocupação com isso, concluindo que algumas atividades retornaram, mas continuam precisando de rígidos protocolos de segurança sanitária. “Só que a população não está entendendo desse jeito. Temos que lembrar que em fevereiro/março teve aquele desespero, e hoje, no pior momento da pandemia, parece que está sendo banalizado esse processo. As pessoas precisam de lembrar que existem regras para isso e não banalizar. Lembramos que isso depende de uma cooperação de poderes e que todos tenham a sua responsabilidade nesse processo”, sentenciou.

Os cuidados, segundo ele, precisam ser tomados por todos, inclusive pelos que já passaram pela doença, já tiveram a Covid-19, porque já há estudos trazendo a possiblidade de reinfecção. Como é uma doença nova, observou que ainda há muita coisa a ser detalhada e que as pessoas precisam entender isso e não banalizar, como muitos vêm fazendo, “porque isso pode repercutir no número de casos, de óbitos e de internação e a gente ainda está no topo da pandemia”.

Confira a íntegra da entrevista:

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