Nível de contaminação pela Covid-19 é baixo no sistema prisional goiano
A afirmação é do líder do Comitê de Gerenciamento de Crise da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária, Sandro de Sousa; até agora foram registradas apenas quatro óbitos
Segundo levantamento da Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP), até este mês 415 casos de Covid-19 foram confirmados em detentos de Goiás. A maioria ocorreu na Cadeia Pública de Goianira e na Casa de Prisão Provisória de Aparecida de Goiânia.
O nível de contaminação pela Covid-19 no sistema prisional em Goiás é considerado baixo, em relação a outros Estados. A avaliação é do gerente Biopsicossocial da DGAP e líder do Comitê de Gerenciamento de Crise, Sandro de Sousa e Silva. De acordo com ele, houve até o momento apenas quatro óbitos causados pela doença, em uma população carcerária de 22.887 pessoas no Estado.
Em entrevista concedida ao programa O Mundo em sua Casa nesta quinta-feira, 27, Sandro atribuiu esse resultado ao Projeto Monitoramento, que começou a testar a população carcerária, identificando os casos suspeitos e positivos, separando-os dos demais, e assim fazendo um controle mais eficaz da transmissão da doença.
Acompanhamento
Ele disse aos apresentadores Marcelo Cabral e Paulo Henrique Santos, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, que à medida que os detentos com sintomas de Covid-19 são identificados, é possível medicá-los e acompanhá-los com mais eficiência. Se os casos evoluem, eles são enviados para a rede de saúde.
Sandro Sousa e Silva informou que, desde março último, alguns procedimentos mudaram, tais como a sanitização periódica das 104 unidades prisionais e a suspensão das visitas presenciais de advogados e de representantes de entidades assistenciais e religiosas. Isso, com o intuito de inibir a evolução da doença dentro do sistema prisional.
Flexibilização
Questionado sobre a possibilidade de flexibilização das medidas, assim como ocorreu nas atividades produtivas, o gerente da DGAP respondeu que o Governo de Goiás tem orientado a adoção de ações preventivas. E citou o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), a avaliação diária da massa carcerária e o estudo realizado pela Universidade Federal de Goiás (UFG) para identificar a evolução da doença no sistema prisional.
A respeito da retomada das visitas, disse que elas permanecem suspensas. Estão sendo realizados estudos para criar mecanismos e protocolos para que possam voltar gradativamente, acrescentou.
ABC Digital