Na RBC, psicólogo afirma que na pandemia cresceu muito o atendimento de pessoas com distúrbios mentais

O Setembro Amarelo, referendando este mês, é dedicado a discutir e a refletir sobre a questão do suicídio

No mês que começa hoje reverencia-se o Setembro Amarelo, dedicado à reflexão e à discussão das questões que lidam com o suicídio e a busca da sua prevenção. O programa O Mundo em Sua Casa, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, com os apresentadores Paulo Henrique Santos e Roberto Cândido, ouviu nesta terça-feira o presidente do Conselho Regional de Psicologia de Goiás, Wadson Arantes, que informou o que as estatísticas estão comprovando: neste momento de pandemia e isolamento social tem crescido muito o atendimento a pessoas com distúrbios mentais.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) divulgou que a cada 40 segundos uma pessoa morre por suicídio no mundo, o que é um número que deixa todo mundo muito assustado. Wadson disse que “neste momento de isolamento físico ou distanciamento social é natural esses sentimentos de angústia e ansiedade, porque a gente não sabe o que vai acontecer no futuro” e que isso pode afetar o equilíbrio emocional das pessoas.

Buscar ajuda

Segundo ele, as pessoas enfrentam esse tipo de situação de forma diferente, uns, de uma maneira mais tranquila e outros, nem tanto. “Sentimentos de ansiedade e angústia são naturais. Várias pessoas, antes mesmo da pandemia, já tinham esse tipo de ideação suicida, às vezes com transtornos. Esses sentimentos, se eles impedirem você de viver de forma mais tranquila, enfrentando isso de uma forma melhor, é importante que busque ajuda: “É importante dizer aos ouvintes que, se eles não estão conseguindo, é importante procurar ajuda, mesmo com a sociedade colocando muitas vezes pra gente que isso não é necessário”.

E a ajuda pode ser buscada de diversas maneiras, no atendimento presencial, com psicólogos e psiquiatras e também através da forma on line, com os profissionais cadastrados no Conselho Federal de Psicologia (CFP) para esse tido consulta. Há alternativas baratas, como os Centros de Atenção Psicológica, as faculdades, que geralmente dispõem de atendimentos gratuitos pelos alunos e estagiários. Citou também os atendimentos do Centro de Valorização da Vida (CVV), que escutam as pessoas que estão com esses pensamentos e ideações suicidas.

Informou que, para o Setembro Amarelo, o Conselho tem preparado eventos, como o webnário, que discutirá e refletirá sobre essa situação. Não só as pessoas que já têm algum transtorno mental que podem cometer esse tipo de atitude, argumentou. Falou também de alguns sintomas que ligam o alerta para esse tipo de situação: “Se você está se sentindo cansado e sem desejo de fazer as coisas, deve tomar cuidado com esse tipo de comportamento. E a família tem de estar muito atenta a essas pessoas que estão se sentindo assim e procurar ajuda”.

Disse que atende há 25 anos e que agora teve um aumento considerável de pessoas precisando de ajuda. “Muitos psicólogos, que estavam afastados com seus registros cancelados a pedido, voltaram a reativar a sua carteira profissional. Isso mostra que houve um aumento muito grande. É importante dizer também que os atendimentos on line são feitos por psicólogos cadastrados no CFP, para esse tipo de atendimento”, observou.

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