Médico fala sobre os perigos da aglomeração na pandemia
Governo estadual prepara força-tarefa para evitar aglomerações no feriado de 12 de outubro nas cidades turísticas de Goiás
As cenas de pessoas se aglomerando e sem usar máscara nas principais cidades turísticas de Goiás durante o último feriado de 7 de setembro chamou atenção da população e alertou os gestores públicos da área de saúde. Como a próxima segunda-feira, 12, será feriado nacional seguido do fim de semana, o Governo Estadual resolveu lançar uma força-tarefa para coibir aglomerações nessas cidades.
O esforço envolve diversos órgãos de governo, a Polícia Militar, o judiciário e as prefeituras e começa nesta quarta-feira, 7, na capital, com fiscalização em bares e restaurantes. Para falar dos perigos da aglomeração humana na disseminação do coronavírus, o telejornal TBC 1 recebeu no estúdio nesta terça-feira, 6, o médico imunologista Daniel Strozzi.
Ele conversou na coluna Bate-papo do Dia com a apresentadora Michelle Bouson e disse que adoção dos protocolos recomendados pelos órgãos de saúde é fundamental para barrar a disseminação rápida da doença. Ele chamou atenção em especial para o uso de máscara, lavagem das mãos e o distanciamento social.
“Por que é importante o uso de máscara? Porque você não consegue limpar a mão constantemente. A gente coloca a mão no rosto, no nariz, inúmeras vezes ao dia. Então, a máscara ajuda a proteger você, essa é a principal proteção do uso da máscara para a população”, disse o médico reforçando que até mesmo quem não usa a máscara corretamente consegue se proteger.
A eficácia dessas medidas Daniel Strozzi terminou reforçando citando o exemplo de Hong Kong, território autônomo da China que tem uma população de 7,4 milhões de habitantes, contingente pouco maior do que o de Goiás.
“Lá teve a Sars-Cov 1 em 2002. Agora chegou a Covid, a Sars-Cov 2, o que aconteceu? Eles fecharam escolas, mas não fecharam restaurantes, não fecharam lojas, não fecharam nada [de comércio], mas mantiveram o uso de máscara que já faziam antes, mantiveram isolamento social e a higienização [das mãos]. E quem pôde ficar em home office, ficou. Resultado: hoje Hong Kong tem 105 mortes”, disse o médico.
Confira a entrevista completa:
ABC Digital