Médico fala no TBC 1 dos perigos da obesidade em tempos de coronavírus
Especialista em cirurgia bariátrica recomenda aos obesos redobrar os cuidados com o isolamento social, alimentação e estilo de vida
Pouco lembrada no rol de comorbidades de maior risco à saúde para infectados pelo coronavírus, a obesidade tem sido ressaltada recentemente por estudos científicos dentro e fora do Brasil. Segundo pesquisa do Ministério da Saúde, cerca de 20% da população brasileira é considerada obesa, condição que aumenta os perigos à saúde em tempos de pandemia da Covid-19.
Para o médico Maxley Alves, especialista em cirurgia bariátrica, a obesidade normalmente está associada a outros males, como diabetes e hipertensão. Segundo ele, os perigos da pessoa obesa nessa época ficam ressaltados também pela forma de reprodução do novo vírus no organismo humano.
“Para entrar no organismo, o vírus utiliza um receptor que é muito produzido por células gordurosas do corpo. Então, quando o vírus atinge o pulmão, por exemplo, a pessoa obesa sofre mais porque ela já ventila mal e a doença vai impactá-la mais gravemente”, explicou o médico no quadro Bate-papo do Dia no telejornal TBC 1 da TV Brasil Central.
Na primeira parte da entrevista à apresentadora Danila Bernardes, o médico detalhou as doenças associadas à obesidade e sugeriu a quem está acima de seu peso ideal redobrar os cuidados com o isolamento social, usar máscaras sempre que precisar sair de casa, cuidar da alimentação e rever o estilo de vida nesta época de propagação do novo vírus.
A primeira parte da entrevista está disponível abaixo:
Cirurgia bariátrica
Na segunda parte da entrevista ao TBC 1, o médico Maxley Alves falou que o tratamento da pessoa obesa que é infectada segue os mesmos padrões de outra que não esteja nessa categoria. Ele informou também que as cirurgias bariátricas foram retomadas depois de uma pausa para liberação de leitos aos casos mais graves de coronavírus.
“Claro que agora temos tomado mais medidas do que o normal, testamos o paciente 14 dias antes, tanto ele quanto o grupo familiar dele. Esses testes se repetem entre 72h e 24h horas da realização da cirurgia, tudo com estrito acompanhamento clínico”, disse o médico, que finalizou sua participação no TBC1 respondendo a perguntas dos telespectadores.
Confira a segunda parte da entrevista abaixo:
ABC Digital