Médico fala dos efeitos neurológicos da Covid-19 no TBC 1
José Guilherme Schwan Jr. participou da coluna Bate-papo do Dia no telejornal da TV Brasil Central
Efeitos pouco notados no início dos diagnósticos do novo coronavírus, os problemas neurológicos começam a entrar no radar de médicos e pesquisadores da nova doença que assombra o mundo. A principal dúvida a ser desvendada é saber se o vírus atinge direta ou indiretamente o sistema nervoso central dos infectados.
Para falar sobre o assunto, Michelle Bouson, apresentadora do TBC 1 da TV Brasil Central, conversou nesta segunda-feira, 18, com o médico neurológico José Guilherme Schwan Jr. Segundo ele, os primeiros sintomas com vínculos neurológicos se deu com a perda de olfato e paladar, mas já existem relatos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), tanto isquêmico quanto hemorrágico.
“Achávamos que o cérebro estaria isolado, protegido que é pelo crânio, dentro de um líquido, mas com o passar do tempo isso está sendo revisto, pois ele está sendo comprometido pelo vírus. Mas a gente não sabe ainda se é de forma direta ou indireta, por toda a reação que o vírus gera no nosso corpo”, afirmou Schwan Jr.
Ele comentou sobre os efeitos indiretos no cérebro que podem ser provocados pela ação do vírus, como a má oxigenação do sangue que alimenta o cérebro em função da debilidade provocada nos pulmões. “Temos outras complicações do que a gente chama de cascata imunológica, que é quando o esforço concentrado de combate ao vírus promovido pelo próprio organismo prejudica vários órgãos do corpo”, explicou o médico.
Na coluna Bate-papo do Dia, Schwan Jr. ainda respondeu a questões sobre as fragilidades para problemas neurológicos de infectados dos chamados grupos de risco para a nova doença, opinou sobre o uso da cloroquina, sobre a disputa entre isolamento e distanciamento social, alémaa medicação mais indicada por ora para combater os efeitos iniciais do vírus.
A entrevista está disponível abaixo:
ABC Digital