Médica faz alerta para gestantes nesse período de pandemia

Luiza Rosado disse que a grávida precisa ter mais precaução, porque tem de cuidar também da vida do bebê, que corre mais perigo de se infectar durante o parto ou logo após, pelo contato com a mãe

Em entrevista hoje, 19, ao programa O Mundo em Sua Casa, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, a médica ginecologista e obstetra do Hospital Materno Infantil (HMI) Luiza Emylce Rosado fez alertas importantes sobre a Covid-19 para mulheres gestantes ou que queiram engravidar nesse momento. Segundo ela, os cuidados de prevenção precisam ser maiores e a orientação é para evitar aglomerações e que tenha as mesmas precauções das outras pessoas, “mas a grávida precisa ter uma precaução maior porque não é apenas ela, há o bebê também”, afirmou.

Orientou ainda que a grávida precisa tomar cuidados normais recomendados para não se contaminar, evitar aglomeração e receber visitas, não participar de festas e também evitar a troca de acompanhante. “Se o esposo entra no quarto, após o parto, ele tem de ficar lá até a alta, da mesma forma a mãe da parturiente. Quem entrar tem de ficar até a alta e também é preciso evitar visita. Porque a puérpera, que deu à luz, ela tem maior chance de ter complicação com a Covid”, explicou.

Cuidados

A médica Luiza Rosado informou que houve sim por parte das mulheres uma certa precaução para se engravidar nesse período de pandemia, pelo medo das complicações. “A gestante, principalmente após a segunda metade de gravidez e muito especial quando está no terceiro trimestre, os últimos três meses de gravidez, é mais susceptível a complicações da Covid, alterações respiratórias graves, insuficiências dos órgãos e principalmente casos de trombose. A mulher grávida já tem uma maior chance de trombose. Isso pode piorar pela infecção pela Covid”, ressaltou.

Informou também que, pelos estudos existentes até agora, a chance da mãe transmitir a doença para o filho não é alta, mas essa possibilidade ainda está em investigação. Após o parto, no entanto, ela pode transmitir para o filho e essa transmissão é mais comum durante ou logo o parto. Observou, no entanto, que se a paciente estiver bem, ela pode usar máscara e amamentar, mas isso vai depender da condição clínica da paciente.

“O ideal é que ela passasse os dez primeiros dias sem amamentar, mas não existe uma recomendação fixa para isso”, afirmou, acrescentando que não existe também um tratamento especial para a gestante, assim como não existe para que não está gestante, exceto se ela piorar, daí advindo a necessidade de uso de corticoide e de anticoagulante, visto que o fator de coagulação aumenta na gravidez.

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