Médica detalha os exames de detecção da Covid-19 no TBC 1

A médica patologista Thays Mello e a apresentadora Michelle Bouson, nos estúdios da TBC

Patologista, Thays Mello falou no Bate-papo do Dia sobre os dois testes de coronavírus mais usados atualmente

Saber se está ou não contaminado com o coronavírus ainda é uma dúvida que passa pela cabeça de muitas pessoas. Mesmo os assintomáticos às vezes ficam tentados a fazer um exame. Mas qual é o melhor? Em que momento fazer e como se comportar a partir do resultado? 

Para responder a essas e outras questões sobre os tipos de exames existentes para detecção do coronavírus, o TBC 1 recebeu nesta terça-feira, 9, a médica patologista Thays Mello. Ela participou no estúdio da TV Brasil Central da coluna Bate-papo do Dia com a apresentadora Michelle Bouson. 

Segundo a médica, existem dois tipos principais de testes para detecção do vírus: o PCR, voltado especificamente para identificar a presença do vírus no corpo, normalmente coletado por cotonete aplicado no nariz da pessoa; e o IGG, feito por amostra de sangue, que detecta também os anticorpos que a pessoa venha a desenvolver para combater o vírus.

“O PCR é o principal exame para o diagnóstico, especialmente na fase de maior chance de transmissão, que vai do segundo ao décimo dia dos sintomas na pessoa infectada”, disse a médica falando sobre o exame do cotonete, que ela observa ser um fator determinante para o sucesso do exame. “Por isso que dá o falso negativo, a coleta inadequada e o período do exame também levam ao falso negativo”, observou.

Já o IGG, disse Thays Mello, é o exame sorológico mais indicado para os assintomáticos, ou seja, a pessoa que pode ter tido o vírus e teve sintomas leves ou nem chegou a apresentar os sintomas da doença. “Eu costumo resumir assim: se a pessoa quer saber se tem o vírus, o PCR é o exame mais indicado, mas não está disponível facilmente para a população; agora se a pessoa quer saber se já teve, então o IGG é o melhor e há vários tipos dele no mercado”, afirmou a médica.

Thays Mello terminou falando sobre a eficácia dos testes, as metodologias utilizadas em cada um, confiabilidade e que cuidados tomar se a pessoa decidir fazer o teste em farmácias ou laboratórios. “Mesmo com a evolução dos testes, é difícil afirmar, por exemplo, se a pessoa assintomática e com resultado positivo nas mãos pode relaxar seu isolamento social. Como é uma doença nova, não existe nada absoluto quando a gente fala de coronavírus”, concluiu. 

Veja a entrevista completa:

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