Isolamento é a principal ferramenta contra a pandemia, destaca Flúvia Amorim

Superintendente da SES-GO, afirmou à RBC FM que a outra seria a vacina, mas infelizmente ainda é insuficiente para atender todas as pessoas dos grupos prioritários

Hoje, a ferramenta que temos disponível, de impacto mais rápido, para o enfrentamento da pandemia de Covid-19, é o isolamento social. A outra ferramenta seria a vacina; e precisava ter vacina suficiente para imunizar todos os grupos prioritários de imediato, o que infelizmente ainda não acontece.

A avaliação é da superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), Flúvia Amorim. Em entrevista ao programa Primeiro Tempo da RBC FM, nesta quinta-feira, 11, ela comentou o fato de o Brasil ter ultrapassado a marca de 2 mil mortes em 24 horas, e de Goiás também registrar recorde, no mesmo período, com 267 mortes.

Segundo Flúvia Amorim, as autoridades de saúde já esperavam que a situação da pandemia se agravasse, devido às aglomerações ocorridas nas festas de fim de ano. Mas foi pior do que o imaginado, por causa da circulação da nova cepa do novo coronavírus de Manaus, a qual possui maior taxa de transmissão, afirmou. O resultado é verificado nas altas taxas de ocupação dos leitos hospitalares, tanto na rede pública quanto na rede privada, que estão acima de 90% há várias semanas.

Embate

Sobre o embate entre retomar as atividades econômicas e adotar medidas mais restritivas para preservar vidas, a superintendente declarou que “gostaria de entender a cabeça dessas pessoas (que defendem a primeira opção)”, argumentando que não se pode ter, no atual momento, esse entendimento. Caso se retorne agora à normalidade, salientou, “vamos continuar tendo muitos casos, taxa de transmissão muito alta e mortes”.

Flúvia citou exemplos no mundo, como no Reino Unido e em outros países da Europa, e até de municípios no Brasil, que conseguiram ter suas medidas restritivas seguidas pela população e já podem ser vistos os impactos positivos. 

“O problema é: a gente acaba não fazendo da forma correta; e aí tem um desgaste enorme, sem impacto. É isso que a gente tem visto. Se a gente tivesse decisões mais incisivas, mais restritivas, e fiscalização de uma forma homogênea, a gente teria resultados mais rápidos. Infelizmente não é isso que a gente está vendo”, lamentou.

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