Nova cepa da Covid-19 provocou aumento da infecção e maior número de mortes

Em entrevista à RBC, Marcelo Daher, reforçou que a variante do coronavírus de Manaus, chamada de P1, é mais letal.

Chamada de P1, a variante do coronavírus encontrada pela primeira vez em Manaus (AM), está presente em vários municípios goianos. A cepa do vírus é bem mais contagiosa e agressiva. E tem causado muito mais internações e mortes, inclusive em pacientes jovens e crianças.

Pesquisa da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia indicou que 93% dos pacientes contaminados na capital já estão com a nova variante amazônica do coronavírus. Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa da Rádio Brasil Central AM e RBC FM, o médico infectologista Marcelo Daher destacou, nesta segunda-feira, 22, que com essa adaptação do vírus tem se percebido claramente uma maior gravidade dos casos, principalmente entre os mais jovens.

“A gente está vendo uma inversão da curva (da doença) aí; claramente o número de jovens, pessoas entre 30 e 59 anos, vem tendo uma evolução desfavorável, ao contrário do que acontecia antes. E a gravidade tem sido maior,” alertou. Diante desse quadro, o especialista disse que os profissionais de saúde enfrentam dois problemas no atual momento da segunda onda da pandemia no Brasil.

Incapacidade

Um dos problemas citados por Marcelo Daher é o aumento do número de pessoas que vão se infectar, com maior chance de gravidade e mais pacientes indo para o hospital. O outro problema é a incapacidade da rede hospitalar atender a todos, ao mesmo tempo. “Em nenhum lugar do mundo a rede hospitalar é um leito para cada pessoa”, ponderou.

Dessa forma, o infectologista concluiu que a tendência é ter maior mortalidade, não só pela doença, mas eventualmente por falta de assistência. Porque a pessoa não vai conseguir ser atendida, vai rodar mais tempo, vai esperar mais por um leito de enfermaria ou de UTI e pode morrer por causa disso.

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