Infectologista alerta para a vacinação das crianças contra outras doenças

Em função do medo da pandemia da Covid-19, a médica infectologista Lorena de Castro Diniz disse que os pais estão deixando de levar os filhos para se vacinarem contra outras doenças que já estavam praticamente erradicadas e isso pode trazer consequências graves, levando a óbito ou deixando sequelas irreversíveis

A baixa vacinação das crianças contra doenças infectocontagiosas é um assunto que tem preocupado as autoridades de saúde em Goiás, no Brasil e no mundo e a pandemia da Covid-19 veio aumentar ainda mais essa preocupação, visto que os pais, por precaução e com medo de se infectarem, têm deixado de levar as crianças para se vacinar, por exemplo, contra sarampo, meningite, febre amarela e paralisia infantil. Essa situação foi levantada em matéria do Jornal Brasil Central, pelo repórter Gil Bonfim, ouvindo a médica infectologista Lorena de Castro Diniz, da Sociedade Goiana de Pediatria, que apontou a necessidade de os pais levarem seus filhos para a atualização dessas vacinas.

Segundo ela, há, sim, um retrocesso na vacinação infantil e isso coloca as crianças em risco de contrair doenças graves que poderiam ser evitadas e que já estavam adormecidas, em função dos bons resultados das campanhas anteriores de vacinação. Ela apontou alguns fatores que têm levado a isso: medo da pandemia, que tirou muitas crianças dos postos de vacinação; fake news, que falam mal das vacinas, da segurança e da eficácia da vacinação, e a despreocupação, porque, com as campanhas anteriores, houve o adormecimento de algumas doenças  infectocontagiosas.

Para a médica Lorena de Castro, é muito importante também a vacina contra o sarampo, a meningite, a febre amarela e a paralisia infantil, pois elas, além de protegerem as pessoas vacinadas, contribuem para a não proliferação dessas doenças que já estavam praticamente erradicadas. “Fica o alerta principalmente para a população infantil, porque essas doenças podem voltar e levar as pessoas a óbito ou a terem sequelas irreversíveis”, alertou, observando que para reverter essa situação os pais precisam levar as crianças aos postos de vacinação, com o intuito de atualizar a carteira de vacinação e eles próprios também se vacinarem, se por acaso estiverem com alguma vacina em atraso.

 

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