Secretaria de Educação envia mensagens de incentivo para combater evasão escolar

Em entrevista à RBC, a secretária Fátima Gavioli informa que a evasão na rede estadual de ensino foi de 7% no primeiro semestre

O índice de evasão escolar na rede estadual de ensino foi de 7% no primeiro semestre do ano, situação que foi afetada pela pandemia da Covid-19. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) fez o diagnóstico. O porcentual se refere aos alunos que não fizeram nenhuma atividade on line ou que receberam as atividades escolares impressas e não as devolveram preenchidas.

A informação é da titular da Seduc, Fátima Gavioli, que concedeu entrevista, nesta terça-feira, 18, ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM. Ela disse aos apresentadores Juvêncio Alarcon e Rafael Mesquita que, visando reduzir os riscos de evasão escolar durante a pandemia, a Pasta está enviando mensagens de SMS aos estudantes, como forma de motivá-los a acompanhar as aulas não presenciais neste segundo semestre.

O envio das mensagens, dentro do programa Mova, já havia sido feito para os alunos da escola integral no primeiro semestre do ano, com bons resultados. Agora foi expandido para todos os estudantes da rede estadual de ensino, contou Fátima Gavioli.

Decisão

A secretária afirmou que está aguardando a decisão do Centro de Emergência de Operações em Saúde (COE), o qual vai dizer se a partir de setembro será possível reunir pequenos grupos nas escolas. Segundo ela, o Governo de Goiás está buscando não ter uma evasão e uma reprovação tão grandes como deve acontecer em outros Estados.

“Existe uma preocupação de saber o que esses meninos (os alunos incluídos no índice da evasão) estão fazendo, porque deixaram de fazer as atividades”, ponderou. E para que muitos deles acabem voltando para a escola está sendo utilizado o “contato direto e insistente”, salientou. Lembrou que, no momento, voltar para a escola significa fazer as atividades escolares e participar das aulas remotas.

A secretária da Educação afirmou, porém, que se o COE liberar (o retorno das aulas presenciais) será preciso levar essas crianças (da evasão) para a escola, com o propósito de saber o que aconteceu e porque elas estão tendo esse comportamento. Citou ainda os alunos da terceira série do ensino médio, que vão fazer a prova do Enem em janeiro. Esses seriam os primeiros dois grupos contemplados. Assim que as aulas presenciais forem liberadas, será montada uma estrutura nas escolas respeitando todos os protocolos, garantiu.

Fátima disse ainda que já começa a ter um movimento organizado de pais de alunos em relação à volta às aulas. Contou que no Estado do Amazonas as escolas da rede pública estão fechando agosto com aula, e em Brasília as aulas também devem voltar. Citou casos de “crianças extremamente depressivas” por não ter mais escola, e de pais que retornaram “a todo o vapor” ao o trabalho e não têm onde deixar os filhos. “A gente está tendo muita dificuldade”, ressaltou.

Mas a secretária lembrou que o governador Ronaldo Caiado preza principalmente pela vida e pela ciência. E o comando dele é esse: só fazer alguma coisa com a autorização da Saúde. Até porque a Seduc tem uma estratégia muito grande para colocar em prática quando o retorno das aulas presenciais for autorizado, no que diz respeito a professores e funcionários, declarou.

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