Imunologista garante que a vacina contra Covid-19 para crianças é segura

Integrante da Sociedade Goiana de Pediatria, Lorena Diniz, garantiu o desenvolvimento do imunizante passou por etapas de pesquisa rígidas e defendeu a vacinação desse público

As entidades médicas defendem a imunização para crianças de 5 a 11 anos de idade como medida para evitar casos graves de Covid-19 e mortes de crianças, além de novas ondas de transmissão da doença. Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa, nesta quarta-feira, 12, a médica imunologista e integrante da Sociedade Goiana de Pediatria, Lorena Diniz, garantiu que o imunizante é seguro para este público.

“Toda a vacina que começa a ser comercializada, antes ela passou por etapas de pesquisas muito rígidas. Essas vacinas, apesar de estarem liberadas mais rapidamente, não foi pulada nenhuma etapa de vigilância dessa segurança, da eficácia dessas vacinas, principalmente quando se trata de criança, que é um público bastante vulnerável, porque a gente realmente não quer que aconteça nenhum evento adverso”, afirmou a médica.

Lorena Diniz informou que, no Brasil, somente na faixa de 5 a 11 anos, foram registrados 606 casos de crianças com a síndrome inflamatória multisistêmica pediátrica (SIMP), uma doença extremamente grave que acontece como pós-infecção da Covid, que levou 35 crianças a óbito. Ela ponderou que a complicação para morte por Covid em crianças é possível. E apesar da menor proporcionalidade, é mais grave do que verificado com os adultos.

Volta às aulas

Sobre o retorno às aulas presenciais, ela disse que as crianças foram a parte da população que mais sofreu com a pandemia e o isolamento social. “Não podemos deixar de dar essa oportunidade das crianças voltar (à aula) presencial, por isso é muito importante a vacinação nesse momento”, salientou. Mas defendeu que as escolas devem adotar uma rigidez nos seus protocolos de segurança, com distanciamento entre carteiras, álcool gel e obrigatoriedade do uso de máscara. Dependendo do espaço físico, se a escola não comportar todos os alunos para ter o distanciamento seguro, indicou voltar ao esquema híbrido até que todas as crianças tenham sido vacinadas.

A imunologista afirmou que a vacina da Covid-19 não tem contraindicação para nenhuma patologia da criança. A única exceção, explicou, é se ela tiver uma reação de hipersensibilidade tipo anafilática com a primeira dose, nesse caso ela não vai receber a segunda dose. Disse que terão postos de saúde destinados exclusivamente para a vacinação das crianças de modo a fazer uma vigilância e dar maior segurança a esse público.

Adiantou que haverá a recomendação das crianças permanecerem meia hora nas unidades após imunizadas, para o caso de ocorrer uma reação de hipersensibilidade. E se a reação for grave ela não vai receber uma segunda dose, somente nesse caso. Todas as outras crianças, independente de problema de saúde ou alergias, podem receber a vacina Pfizer infantil, independente de uma avaliação médica prévia, informou.

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