Hospitais privados goianos teriam cerca de 250 leitos em UTI disponíveis para atender pacientes de Covid-19

Logomarca do radiojornal O Mundo em sua Casa

Estimativa é do presidente da Ahpaceg, Haikal Helou, que concedeu entrevista ao radiojornal O Mundo em sua Casa nesta quarta-feira, 1º

Em entrevista concedida nesta quarta-feira, 1º, ao radiojornal O Mundo em sua Casa, o presidente da Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade de Goiás (Ahpaceg), Haikal Helou, estimou que o setor no Estado teria entre 200 e 250 leitos disponíveis em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para atender pacientes acometidos da Covid-19. “Entretanto, este total não seria suficiente para uma epidemia, se as pessoas não respeitarem o isolamento social“, alertou.

Helou explicou que existem em Goiânia os chamados hospitais de especialidades (de neurologia, cardiologia, pediatria, entre outros), que tiveram um fluxo de atendimento interrompido porque não têm mais permissão de operar e atender pacientes eletivos. Além disso, precisam se adaptar à nova realidade para atender pacientes com sintomas gripais. A Associação está negociando uma nova forma de pagamento com as operadoras (de saúde), para que os hospitais privados possam expandir seus atendimentos.

“Seja lá o que for preciso expandir, não será suficiente. Nós temos um cenário igual na Itália, França e Espanha, e já estamos vendo em São Paulo”, avaliou o presidente da Ahpaceg. Segundo ele, o movimento dos hospitais particulares passou recentemente por três fases. Na primeira, todo mundo que espirrava e tinha febre corria para os estabelecimentos hospitalares e eles ficaram superlotados. Depois, numa segunda fase, os pacientes sumiram, mesmo aqueles que necessitavam de atendimento médico.

Terceira etapa

Agora, conforme Haikal Helou, já é prevista uma terceira etapa, que ocorre hoje na Europa e nos Estados Unidos: as pessoas lotando os hospitais com sintomas do coronavírus numa progressão geométrica. “Esta terceira fase está chegando a Goiânia, aconteceu em outros lugares e deve acontecer aqui”, disse.

“Nossa recomendação é que as pessoas mantenham o isolamento (social). Tenho visto pessoas correndo nos parques, um monte de velhinhos andando com os cachorros. Acho que as pessoas ainda não entenderam a gravidade da situação”, destacou. E lamentou a posição do presidente Jair Bolsonaro. “Quando você vê o presidente sabotando o próprio governo, fica assustado”, complementou.

ABC Digital

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo