Governo estadual adota novo método de combate ao mosquito da dengue
O governo de Goiás, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (SES), coloca em prática nos municípios de Luziânia e Valparaíso uma nova ferramenta para combater o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como a dengue, zika e chikungunya. A inovação utiliza o próprio mosquito que deixa sua característica natural ao ser infectado com a bactéria Wolbachia. Com isso, mesmo que sugue uma pessoa doente, o inseto não transmite o mal a outra pessoa, já que a bactéria impede a disseminação. A iniciativa tem parceria da empresa Wolbito do Brasil, responsável pela biofábrica que produz os mosquitos inoculados com a bactéria, como mostrou reportagem da TV Brasil Central.
“Os Wolbitos se reproduzem e transmitem naturalmente a bactéria aos seus filhotes. Com o tempo, a maioria dos mosquitos de determinada região passa a ter a Wolbachia, reduzindo assim a transmissão das doenças”, explicou a superintendente de Vigilância Epidemiológica da SES, Cristina Laval. A expectativa da Secretaria é alcançar resultados positivos com essa nova metodologia entre dois e três anos. Há também previsão de soltar mosquitos com Wolbachia em outros municípios do estado.
O gerente de Implementação da Wolbito do Brasil, Gabriel Sylvestre, explicou que a multiplicação dos mosquitos com Wolbachia em uma região reduzem significativamente os casos de dengue, chikungunya e zica. “Embora o prazo estimado para resultados positivos seja de dois anos, a redução já é sentida nos meses seguintes à implantação do método”, asseverou. A tecnologia é respaldada por estudos científicos nacionais e internacionais, e já foi implementada com sucesso em diversos países e cidades brasileiras. Mundialmente é recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
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