Governador lamenta a primeira morte pela Covid-19 em Goiás e apresenta o HCamp como hospital de referência nessa crise
Caiado disse que pediu hoje ao ministro da Saúde a instalação de um hospital de campanha, no Entorno do DF, para atender pacientes da Covid-19
Na live que fez hoje, 26, para os órgãos da Agência Brasil Central (ABC), o governador Ronaldo Caiado lamentou a morte da primeira paciente goiana em decorrência da infestação pelo novo Coronavírus (Covid-19), uma senhora de 66 anos de idade moradora de Luziânia, Entorno do DF. Disse que ela tinha insuficiência renal, era hipertensa, com diabetes, doença pulmonar obstrutiva crônica e teve dengue recentemente. Ele estava acompanhado pelo diretor Geral do HCamp, Guillermo Sócrates, que falou da disponibilização de 222 leitos do hospital para atendimento de infectados pelo Coronavírus, com a liberação de leitos de acordo com a demanda.
O HCamp disponibiliza, nesse caso, 70 leitos para atender casos graves e 140 para os de menor gravidade. Caiado informou que terá também salas modulares, para informação e orientação, e que o hospital será restrito aos pacientes, vedando visitas e acompanhamento por parentes. A grande preocupação tanto do governador quanto do diretor do HCamp é a de evitar, com as medidas preventivas de quarenta, por exemplo, que haja um acúmulo de casos que o hospital não comporte.
Curva de incidência
Guillermo disse que nos contatos que teve com médicos da Itália o que mais recomendaram foi o isolamento das pessoas em quarentena, para evitar a grande propagação da doença que tem fácil contágio e é muito infecciosa. “Isola, isola, isola, foi o que disseram”, observou. “Precisamos muito achatar a curva de incidência da doença em Goiás”, disse, acrescentando que o hospital é da rede SUS, tem um ordenamento e que o paciente precisará estar regulado pelas redes municipais para ser atendido lá.
O governador informou que a partir de 4 de abril, data para o término da quarentena em Goiás, serão feitas análises do quadro da doença em Goiás, para observação e decisão se alguns pontos poderão ser liberados. “Se encher demais os hospitais, aí volta a quarentena”, observou, acrescentando que está atento a essa questão, principalmente depois que recebeu dados de projeção da UNB de que o quadro poderá se agravar muito no Distrito Federal no mês de maio deste ano.
Disse também que falou hoje com o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pedindo a instalação de um hospital de campanha, que pode ser desmontado depois, na região do Entorno do Distrito Federal, para suprir a deficiência da região, que não conta com hospital da rede estadual. Essa região, segundo ele, é motivo de grande preocupação, porque está muito próxima de Brasília, onde a pandemia tem proliferado com mais rapidez e gravidade.
A live realizada pelos veículos da Agência Brasil Central pode ser conferida na página da TV Brasil Central no Facebook.
ABC Digital