Com o tempo seco, qualquer descuido pode virar uma tragédia. De acordo com dados do Corpo de Bombeiros de Goiás, o estado registrou, nos primeiros nove meses do ano, 15 mil ocorrências de incêndios. Número que já é maior do que o total registrado em todo o ano passado. Em 2024, as principais causas de incêndios envolvem área de vegetação, lotes baldios e propriedades rurais. “Nós temos um período muito prolongado de estiagem, com altas temperaturas, umidade relativa do ar muito baixa e um ano com muito vento. Esse contexto climático favorece a propagação dos incêndios em vegetação”, comentou o assessor de comunicação do Corpo de Bombeiros, tenente coronel Luiz Eduardo Lobo, em entrevista para o TBC News de segunda-feira (7).

O Instituto Mauro Borges estimou que as queimadas custaram R$ 710 milhões para a economia goiana, por afetar diretamente áreas produtivas. Outro dado alarmante é que 342 pessoas foram internadas com problemas respiratórios relacionados à qualidade do ar. A expectativa é que o problema seja reduzido com a chegada das chuvas. Há previsão de aproximação de frente fria, que deve provocar precipitações em Goiás ainda essa semana. Mas, os bombeiros alertam que o problema não deve ser resolvido rapidamente. “As primeiras chuvas não serão suficientes para que o número de incêndios em vegetação caia de uma vez. Precisamos continuar monitorando, com as equipes em alerta”, concluiu o representante.

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