Consumidor deve ficar atento à conta de energia, orienta Procon Goiás

Em entrevista ao TBC2, superintendente Allen Viana lembrou que, ao longo da pandemia, foi aplicada a bandeira verde e não houve alteração na tarifa; agora a partir de dezembro a bandeira passou a ser vermelha

O mês de dezembro começou com o retorno da bandeira vermelha na tarifa de energia elétrica determinado pela Aneel, por causa da queda do nível dos reservatórios das hidrelétricas e a retomada do consumo. Isso significa que o usuário vai pagar mais na conta de luz. Mas antes dessa decisão,  pandemia, a bandeira estava verde.

Entretanto, pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) indicou aumento irregular nas contas de luz verificado por muitos consumidores nos últimos meses. Para comentar esse assunto, o superintendente do Procon-GO, Allen Viana, concedeu entrevista ao TBC2 nesta quarta-feira, 2.

Na conversa com o apresentador Guilherme Rigonato, Allen orientou o consumidor a verificar a base de consumo dos últimos meses e comparar com o valor cobrado naquele mês em que foi percebido o aumento considerado irregular. Ele destacou que, no período da pandemia, por determinação da Aneel, como foi aplicada a bandeira verde na tarifa de energia elétrica, não houve alterações que possam justificar um aumento.

De posse da análise prévia do consumo dos últimos meses, ele orienta o consumidor a fazer uma reclamação direta na concessionária de energia para obter uma resposta. Caso seja mantida a indignação, ele deve postular uma reclamação junto ao Procon, orientou o superintendente.

Consumo doméstico

Allen lembrou é preciso “ter parcimônia” (ao fazer a reclamação), porque este ano foi atípico, devido à pandemia. No período houve aumento do consumo de energia elétrica nas residências. As famílias ficaram mais em casa, o calor exigiu maior uso do ar condicionado e os filhos usaram a internet de forma quase intermitente. Tudo isso gera um aumento no consumo (de energia) e, consequentemente, na cobrança, ponderou.

“O que não justifica, obviamente, é que você tenha consumos idênticos com valores díspares”, destacou. Ele recomendou que o consumidor tem que estar muito atento a isso, e fazer sua ação proativa de cidadania e consciencioso dos seus direitos. Não havendo solução, orientou a fazer uso do Procon. “Porque esse é o nosso papel, e nós não teremos nenhum comedimento em intervir presumindo essa vulnerabilidade do consumidor”, argumentou.

Black Friday

O superintendente do órgão de defesa do consumidor comentou a respeito de troca de relógio de medição de energia. E falou sobre a atuação do órgão durante a Black Friday. Foram autuados 25 estabelecimentos por prática de propaganda enganosa. Falou também sobre os canais de atendimento: o Procon Web, no site do Procon (www.procon.go.gov.br) ou o www.consumidor.gov. E os telefones 151, para reclamações feitas em Goiânia, ou (62) 3201-7124 nas cidades do interior.

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