Boa Noite Goiás passeou por temas como justiça, turismo e adoção

Comandado por Paulo Beringhs, o programa teve como convidados o presidente da Goiás Turismo, Fabrício Amaral, e o promotor de Justiça Fernando Krebs

O programa Boa Noite Goiás da TV Brasil Central, apresentado pelo jornalista Paulo Beringhs no domingo, 2, às 22 horas – um bate-papo com bastante informalidade – teve como convidados o  presidente da Goiás Turismo, também advogado, Fabrício Amaral, e o promotor de Justiça Fernando Krebes, que falaram sobre justiça no Brasil, adoção de menores e a perspectiva do turismo em Goiás com a ocorrência da pandemia da Covid-19. Ambos mostraram um pouco de descrença com os rumos da justiça brasileira, que vem causando desgastes e desarranjos sociais.

Advogado de formação e com escritório, Fabrício disse que o país vive um momento de descrédito na justiça e citou o caso da Lava Jato, que foi preciso esperar cinco anos para o STF decidir que Curitiba não era o foro adequado. Defendeu a independência dos poderes, para que a política não interfira no judiciário.

Falou também de sua experiência pessoal de adoção de uma criança excepcional e dos esforços que está desenvolvendo para a criação de um grupo que trabalhe no intuito de promover a adoção de crianças maiores, irmãos e também que sejam excepcionais. Fez um arrazoado sobre a questão da adoção em Goiás, explicando quais são as maiores dificuldades que ela enfrenta.

Explicou que o turismo em Goiás foi muito prejudicado com a pandemia e citou o setor de eventos que está há 400 dias parado e “para abrir é difícil porque é uma questão complexa”. Disse que sempre defendeu a harmonia, o diálogo, a saúde, o emprego e a renda e confirmou que a situação continua muito complicada ainda, mas que Goiás tem um diferencial que é a natureza, com grande potencial para o desenvolvimento do turismo nesse setor.

Krebs

O promotor Fernando Krebs discorreu que sempre gostou de desafios e o primeiro que enfrentou foi o caso da Donata, que descarregou o revólver no marido, que era psiquiatra e ele como promotor conseguiu a vitória condenando-a. Disse que ela recorreu em várias instâncias até a sentença prescrever e que não pagou sequer um dia de pena. Por situações como essa e outras, assinalou, “é difícil ter esperança com nossa justiça. Sempre fui muito esperançoso, mas hoje em dia estou bem menos”.

Contou que aprendeu muito fazendo Júri por dez anos e meio, até mesmo entendendo a reação dos jurados e como devia se portar para ter êxito. Afirmou que no começou perdeu muito, mas com o passar do tempo foi aprendendo e deu a volta por cima, conseguindo boas vitórias.

Observou que nunca fez acusação sem ter a convicção íntima da culpa do réu. “Na minha história profissional, no Tribunal do Júri, nunca uma condenação que consegui foi revista pelo no tribunal. E consegui resultados extremamente difíceis que tenho certeza que não são obra do meu talento, porque somos instrumentos de algo muito maior do que a gente. E esse algo muito maior se faz presente naquele momento tão solene”, afirmou.

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