Avanço da varíola do macaco preocupa, mas ainda não há letalidade

Organização Mundial de Saúde recomenda a vacinação de grupos prioritários, incluindo profissionais de saúde que atuam no diagnóstico da doença

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A varíola do macaco tem gerado um alerta e preocupação em todo o país. O comitê de emergência da Organização Mundial da Saúde (OMS) vai decidir se a expansão do vírus no mundo representa uma nova emergência de saúde pública em escala mundial, como foi a pandemia da Covid-19. Em reportagem veiculada no teleradiojornal O Mundo em sua Casa desta quarta-feira (15), o infectologista Marcelo Daher afirma que este é o momento de atenção das autoridades. “Nesse surto atual, que tem casos na Europa, Estados Unidos e em vários outros países, em praticamente todos os continentes, não tem relato de mortalidade por enquanto. Nós temos que ter atenção, a maioria dos casos é entre homens adultos jovens, de 20 a 50 anos. Quem se vacinou contra a varíola tem uma certa proteção contra essa doença também”, explicou.

O governo está negociando a compra de doses da vacina contra a varíola de macaco, de acordo com o Ministério da Saúde. Os imunizantes são para os profissionais de saúde e pessoas que tiveram contato com doentes confirmados. Desde o início do ano, o mundo já registrou mais de 1.700 casos da doença em 40 países. No Brasil, são três casos confirmados, dois em São Paulo e um no Rio Grande do Sul. Também estão em estudo outros casos: um no Acre e outro em Minas Gerais, que teria provocado a morte de um homem. Se for confirmado, essa será a primeira vítima em todo o mundo.

“Todos nós temos o direito de receber a vacina da varíola, ela é gratuita pelo SUS e tem mostrado eficiência de até 85% de proteção para a varíola dos macacos. O vírus varíola do macaco não quer dizer que o macaco é o responsável por isso. Ele é um hospedeiro, como nós também podemos receber o vírus da varíola”, explica Renato Ângelo da Silva, membro do Conselho Regional de Biomedicina de Goiás.

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