ABC apresenta a parceiros videoaulas do projeto Lei Maria da Penha nas escolas

Trabalho foi realizado com o objetivo de divulgar informações junto aos profissionais da educação e a integrantes da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher

O presidente da Agência Brasil Central (ABC), Reginaldo Júnior, apresentou nesta quarta-feira, 9, uma amostra das videoaulas do projeto Educação e Justiça – Lei Maria da Penha, produzidas pelo Departamento de Conteúdo da TV Brasil Central. O trabalho é resultado de parceria com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Social (Seds), Tribunal de Justiça (TJGO), Defensoria Pública do Estado e Ministério Público Estadual (MP-GO).

Ao todo, foram produzidos oito módulos de videoaulas apresentadas por especialistas que abordam temas relacionados à violência doméstica contra a mulher, à Lei Maria da Penha, aos direitos humanos, e à cultura de não violência e de paz. O objetivo é divulgar esses vídeos de forma on line para os professores, devido à pandemia. Eles, em uma segunda etapa repassarão seus conhecimentos para os alunos. As videoaulas também serão divulgadas junto aos gestores municipais e aos integrantes da Rede Estadual de Enfrentamento à Violência contra a Mulher.

Segundo Reginaldo Júnior, a resposta foi positiva a essa parceria, por parte da Agência. Destacou que a ABC está de “portas abertas para um projeto como esse”, que atua em defesa das mulheres que sofrem abusos, passam por dificuldades e têm criatividade para superar todos os problemas. “O projeto foi superbacana, a Mazé (Alves – coordenadora do Departamento de Conteúdo) fez um trabalho maravilhoso de gravação”, destacou. Ele anunciou que o projeto será ampliado pela ABC, por meio da produção de matérias jornalísticas que vão apresentar casos de mulheres de sucesso, que conseguiram superar todas as dificuldades e se destacarem na vida profissional ou pública.

Próximo passo

O titular da Seds, Wellington Matos, considerou “muito importante” a parceria com a ABC/TBC e os outros órgãos públicos, que possibilitará levar às escolas informações sobre o combate à violência contra a mulher. O próximo passo, de acordo com ele, é promover uma divulgação “muito forte” junto às Prefeituras, aos gestores municipais, e também utilizar todas as ferramentas e redes sociais disponíveis para que essas informações cheguem, o mais rápido possível, lá na ponta, para que as mulheres sejam protegidas.

Conforme a superintendente da Mulher e da Igualdade Racial da Seds, Rosi Guimarães, o projeto visa capacitar os profissionais da educação como forma de prevenção. “Todo mundo conhece a Lei Maria da Penha, mas só conhece como a lei que prende o agressor. A lei é ampla, busca também a reestruturação familiar, a prevenção; e o combate passa também pela prevenção”, afirmou.

O vice-presidente da Coordenadoria Estadual da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar do TJGO, juiz de direito Vitor Umbelino Soares Jr, contou que a ideia original do projeto é do Tribunal de Justiça do Distrito Federal. Através de convênio, o material foi trazido para Goiás e adaptado à realidade do Estado. Agora, nesse momento de pandemia, ele está sendo implementado por meio de transmissão on line, utilizando essa parceria com a Agência Brasil Central.

Ciclo da violência

A promotora de justiça da Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, Rubian Correa Coutinho, que é uma das instrutoras das videoaulas do projeto, destacou que a participação do Ministério Público sempre se dará em todas as ideias e projetos que venham a esclarecer toda a comunidade acerca da Lei Maria da Penha, sobre sua importância e a necessidade de ajudar as mulheres a romper o ciclo da violência.

A defensora pública e coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher (Nudem). Gabirela Handam, também participa como uma das instrutoras do projeto. “É muito importante que levemos essa informação para o interior, para descentralizá-la”, salientou. Acrescentou que o número de atendimentos a mulheres vítimas de violência, por parte da Defensoria Pública, praticamente triplicou na pandemia, após o órgão viabilizar o atendimento via WhatsApp, e houve recebimento de pedidos de socorro até de outros Estados.

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