Embora o prazo de regularização do fim dos lixões tenha terminado em agosto de 2024, mais de 50 municípios goianos ainda não resolveram a questão do lançamento de lixo urbano a céu aberto, situação que traz prejuízos ao meio ambiente e à população. A informação, a título de alerta, foi dada pela gerente de Regularização de Resíduos Sólidos da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Renata Ribeiro, em entrevista ao programa O Mundo em Sua Casa desta quarta-feira (8).

“Os municípios têm de efetivar o encerramento dos lixões que ainda estão em funcionamento e enviar documentação à Semad garantindo que o local está fechado, inclusive não permitindo mais a entrada de catadores de lixo”, enfatizou Renata Ribeiro, acrescentando que para substituir os lixões é preciso dispor de aterro sanitário instalado em conformidade com as leis ambientais. Ela informou também que 187 municípios goianos já instalaram ou estão em processo de regularização dos aterros sanitários. Em relação aos inadimplentes, a gerente explicou que há previsão de sanções legais, mas a Semad está dialogando sobre a questão, levando em conta a troca de prefeitos e de secretários de Meio Ambiente neste início de ano.

Renata Ribeiro destacou que muitos municípios, cuja população é inferior a 50 mil habitantes, não precisam necessariamente ter um aterro sanitário. Neste caso, podem utilizar aterros de outros municípios e/ou particulares para depositar seus resíduos. Atualmente existem no estado 14 aterros municipais e três particulares que fazem o atendimento às cidades que ainda não têm aterro. A gerente anunciou ainda que o governo de Goiás e o Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES) estão realizando estudos com a finalidade de propor a construção de aterros sanitários que atendam a grupos de municípios próximos, como forma de baratear custos e resolver o problema dos lixões definitivamente.

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