Dengue piora em Goiás e Saúde quer responsabilizar quem tem criatório em casa

Entrevistado no Jornal Brasil Central dessa quinta-feira (6), o coordenador de dengue, chikungunya e zica da Secretaria Estadual de Saúde (SES) de Goiás, Murilo do Carmo, confirmou que houve um aumento de 350% no número de mortes por dengue este ano em Goiás, passando de 55, em 2023, para 253 mortes confirmadas este ano. E o que piora é que 167 casos de mortes ainda estão sendo investigados, para confirmação ou não. De acordo com Murilo, é necessário passar da fase de conscientização para a de responsabilização das pessoas que insistem em não cuidar dos criatórios do mosquito em suas casas, mesmo porque elas já sabem o que devem fazer para evitar os criadouros, mas não fazem.

Falou que é preciso transformar o morador em um agente de saúde, visto que a população sabe o que tem de fazer e precisa ajudar. “Tivemos uma preocupação com relação à dengue tipo dois, que é um vírus mais agressivo, e isso associado à falta de ajuda da população fez com que nós tivéssemos esse aumento expressivo na quantidade de óbitos, não somente para a dengue, mas também da febre chikungunya”, afirmou, observando que 80% das pessoas já tiveram dengue e não sabem, porque não têm sintomas, pois apenas 20% das pessoas têm sintomas.

Informou que o mosquito prefere as regiões tropicais, com umidade e calor, mas que nas regiões frias do sul do país os mosquitos já se adaptaram também e há estado que está passando por situações muito mais preocupantes que o estado de Goiás, que tem hoje 2 mil casos de dengue por semana e os cuidados precisam ser redobrados.

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