Goiás intensifica combate à dengue após registro de 10 mil casos em janeiro

Vacina deve chegar até o fim do mês, mas o número de doses não será suficiente para imunizar toda a população. Regiões e municípios com maior incidência serão atendidos primeiro

O Governo de Goiás, em parceria com os municípios, está monitorando e intensificando as medidas de controle da dengue, em decorrência do aumento de 75% do número de casos somente no mês de janeiro, conforme dados divulgados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES). No período, foram contabilizados quase 10 mil ocorrências, com uma morte confirmada e outras 26 em investigação. O problema foi tema de reportagem especial mostrada no programa O Mundo em Sua Casa nesta sexta-feira (2).

“Já estamos em situação de emergência, que vem se sustentando nas últimas três semanas, com curva semelhante ao ocorrido no início de 2022, o pior ano da série histórica de Goiás”, afirmou o secretário Estadual da Saúde, Rasível dos Santos. O titular da Saúde também falou sobre a chegada da vacina no fim deste mês, conforme promessa do Ministério da Saúde, mas alertou: “as doses serão poucas e não vão atender a todas as pessoas”. O imunizante será destinado aos municípios e regiões com alta transmissão de dengue.

Abrangência

Em Goiás, 123 municípios estão em alerta e 56 vivem estado de emergência. Além da dengue, também há 924 casos confirmados de chikungunya. Em decorrência desse quadro, o governador Ronaldo Caiado determinou à Secretaria da Saúde a ampliação da estratégia dos chamados Gabinetes de Crise, criados nos 246 municípios do Estado, para monitorar a situação e adotar ações médicas e sanitárias com o objetivo de conter as doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. Rasível dos Santos ressaltou que as unidades de Saúde estão preparadas para receber as demandas e tratar os pacientes.

A superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, explicou sobre o uso do fumacê, medida que a população considera importante para reduzir a população de mosquitos. Ela explica, porém, que o fumacê tem eficiência muito baixa, porque as casas são protegidas com muro alto, árvores na porta e outras barreiras, impedindo que o inseticida chegue aos quintais. “A ação das pessoas no combate ao mosquito, adotando cuidados como manter quintal limpo, evitar acúmulo de água e conservar lixo e caixa d’água bem fechados, garante melhor resultado”, explicou ela.

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