Polícia Penal faz treinamento de contenção de rebeliões em presídios

Operação teve como objetivo capacitar agentes e policiais para enfrentar situações de crises, de modo a reduzir danos humanos e materiais em casos de ocorrência de rebeliões reais

Cinquenta presos amotinados, fogo em colchões, móveis quebrados e muita gritaria. Tudo parecia uma situação real de rebelião na Penitenciária Oldenir Guimarães (POG), em Aparecida de Goiânia, ocorrida na sexta-feira e no sábado (26 e 27). Mas tudo não passou de uma simulação organizada pela Polícia Penal, com o objetivo de treinar agentes penitenciários e policiais para enfrentar situações reais de crise, incluindo operações de controle, avaliação de ações, uso de armas e equipamentos, contenção dos amotinados e volta à normalidade. Todo o treinamento foi mostrado no Jornal Brasil Central de sábado (27).

“Felizmente nos últimos anos não registramos nenhuma rebelião nos presídios, mas precisamos estar preparados e esse treinamento é a forma de colocar em prática o plano de contingenciamento de crise, com avaliações dos melhores mecanismos, processos e procedimentos a serem adotados”, enfatizou o diretor geral da Polícia Penal, Josimar Pires. Ele argumentou também que a meta principal da capacitação é dar resposta rápida e eficaz em caso de ocorrência de rebeliões nos presídios.

Simulação real

Para tornar mais próxima da realidade, a simulação contou com a participação de 50 presos da POG, que fazem parte do Módulo de Respeito do complexo. O coordenador do Grupo de Operações Especiais (GOPE) da Polícia Penal, Rodrigo Rodrigues, explicou que, em casos reais de rebeliões, o mais importante é a tropa estar preparada para assumir o controle da situação. “O uso da força é gradual. Neste caso, usamos escudos, armas e outros equipamentos, mas em situações reais podemos usar materiais químicos e até armas letais”, reforçou ele.

O diretor da POG, Erivaldo Alves, informou que há um bom tempo não ocorre rebeliões no local, mas os treinamentos são necessários para aprimoramento da gestão dos presídios. Ao todo, cerca de 100 pessoas foram envolvidos na operação. Em Goiás, existem atualmente cerca de 21 mil pessoas cumprindo pena em 88 unidades prisionais. Desse total, cerca de um quarto, o equivalente a mais de 4 mil pessoas, estão presas na Penitenciária Oldenir Guimarães. 

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