Economista explica efeitos da alta de um ponto percentual na Taxa Selic

Segundo Danilo Orsida, medida adotada pelo Banco Central representa aumento do custo do crédito e traz impactos para economia brasileira nos dois sentidos

No último dia 4 de agosto o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central aumentou a taxa básica de juros, a Selic, em um ponto porcentual para combater o avanço da inflação. Dessa forma, a Taxa Selic passou a ser de 5,25% ao ano. Com ela mais alta, o crédito fica mais caro, e isso desestimula a produção e o consumo.

Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa desta segunda-feira, 9, o economista Danilo Orsida explicou que a Taxa Selic é o parâmetro para o chamado crédito interbancário. “Os bancos são tomadores de crédito e promovem empréstimos aos seus correntistas, aos consumidores. Em simples palavras, o aumento da Taxa Selic representa aumento do custo do crédito no Brasil, aumento do custo do cartão de crédito, do custo do crédito direto ao consumidor e das linhas de crédito em geral”, declarou.

Para o economista, a medida do Copom do BC apresenta impactos nos dois sentidos. No sentido positivo, é possível enxergar a atração de investimentos no aspecto do capital especulativo, no capital do mercado financeiro. Mas, em contrapartida, representa um “desestímulo” para quem pretende contrair um crédito para impulsionar seu negócio ou, muitas vezes, para assumir compromissos e planejamentos familiares.

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