A melhor vacina é aquela disponível no momento, reforça médica imunologista

Lorena de Castro comentou na RBC a chegada da variante indiana do novo coronavírus ao Brasil; e recomendou a manutenção das medidas de proteção até que pelo menos 85% da população do País seja vacinada

Estudo realizado pelo governo do Reino Unido constatou que as vacinas da Pfizer e da AstraZeneca continuam sendo efetivas contra Covid-19, mesmo quando confrontadas com a nova variante indiana. No Brasil a nova cepa do coronavírus foi identificada na última quinta-feira, 20, em tripulantes de um navio cargueiro que estava no litoral do Maranhão. Também há casos suspeitos sendo monitorados: um no Distrito Federal e outro no Ceará.

Entrevistada no programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM desta terça-feira, 25, a médica imunologista Lorena de Castro Diniz, disse que a nova cepa indiana do coronavírus tem grande poder de transmissão, por isso o número elevado de hospitalização naquele país asiático, que fez seu sistema de saúde entrar em colapso. Entretanto, afirmou que, em questão da gravidade, “parece que ela (a variante indiana) não traz uma doença tão grave, mas ela realmente faz com que mais indivíduos fiquem infectados”.

Embora ainda não tenha estudo a respeito da Coronavac e sua efetividade diante da variante indiana do vírus, Lornea de Castro, que é coordenadora do Departamento de Imunização da Associação Brasileira de Imunologia, afirmou: “A melhor vacina é aquela disponível no momento”.

Coronavac

Segundo ela, a expectativa é que a Coronavac seja sim, eficaz contra a nova cepa indiana, já que é feita com o vírus inteiro. Dessa forma, quando o vírus entra em nossas células, caso estejamos imunizados por essa vacina, elas vão reconhecê-lo e conseguir combatê-lo, impedindo a doença, ou pelo menos sua forma grave e a evolução para o óbito.

Conforme a médica, estamos vendo agora a relação da efetividade de todas as vacinas, na chamada fase 4, quando uma grande parte da população fica vacinada e a gente está diante da circulação do vírus de maneira real.” Mas enquanto não tivermos em torno de 85% a 90% da população vacinada, nós não podemos baixar a guarda”, ressaltou. E defendeu que a população mantenha as medidas protetivas, como o uso de máscara, lavar as mãos e o distanciamento social.

Argumentou que tais atitudes são muito importantes, porque não vão ser só essas cepas que são novidades agora, este ano. Ponderou que virão muitas outras cepas (do vírus). “E ainda não se sabe se as vacinas que estão disponíveis vão proteger contra essas novas cepas que aparecerão”, alertou.

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