Infectologista diz que vacinas contra a covid-19 são boas, sem distinção

O Médico Marcelo Daher disse que é preciso tomar a vacina que estiver disponível e que só vacinando a população o vírus vai perder força. E conclamou as pessoas a não deixarem de tomar a segunda dose

Entrevistado hoje, 7, no programa O Mundo em Sua Casa, das rádios Brasil Central AM e RBC FM, o médico infectologista Marcelo Daher disse que o mais importante nesse momento da vigência da Covid-19 é tomar a vacina, seja ela qual for, porque todas elas são boas, sem distinção, e só tomando a vacina é que vai diminuir a incidência do novo coronavírus e também os casos graves e as mortes. Ele explicou que existem diferenças, sim, entre as vacinas, “mas o objetivo final da pesquisa que resultou na vacina foi o mesmo, diminuir gravidade e mortalidade pela Covid-19”.

Segundo ele, em todas as plataformas de vacinas se buscou esse objetivo e explicou: “Temos vacinas diferentes, para combater outras doenças, sendo usadas o tempo inteiro na rede pública e privada e poucas pessoas perguntam qual a plataforma utilizada, qual o adjuvante usado. Com a Covid-19 isso se explicitou muito. Acontece que muitas vezes tem desinformação ao invés da informação correta. Essas vacinas feitas hoje para a Covid-19 não usam vírus vivo. Temos vacina de vírus vivo, por exemplo, contra o sarampo e a febre amarela”.

Diferenças

Ele explicou as diferenças existentes entre as vacinas hoje aprovadas e usada no Brasil para o combate à Covid-19. “Temos a CoronaVac que é de vírus inativado, temos a da AstraZeneca que é um outro vírus que carrega uma proteína, mas esse vírus não se multiplica, e temos a da Pfizer, que é uma vacina com uma tecnologia diferente, que é de RNA mensageiro. Em nenhum dos casos existe a replicação do vírus”, afirmou, acrescentando que podem acontecer efeitos colaterais ou eventos adversos, que seriam febre e dor no local da aplicação, como acontece com qualquer medicamento injetável, seja vacina ou não, e com qualquer outra vacina. “São eventos muito leves da doença e que desaparecem com dois ou três dias. Os eventos adversos são muito leves frente à própria doença”, assinalou Daher.

Para ele, é preciso se vacinar com qualquer vacina que tiver à disposição e que foi aprovada pela Anvisa. “Quanto mais pessoas vacinadas, menor força o vírus vai ter. Ele vai perder força. Uma vacina é melhor do que a outra? A gente não sabe, elas não são comparáveis. O que a gente quer é que quanto mais pessoas vacinadas uns protegerão os outros. É o que a gente chama de imunidade de rebanho. Quanto mais pessoas estiverem vacinadas o vírus vai perder força e menos vírus vai circular. Então, a proteção indireta vai existir”, reforçou.

Disse ainda que por mais que “uma vacina seja superior ou inferior à outra, os vacinados com a vacina A ou com a B protegerão as outras pessoas”. Fez também um alerta para a importância de se tomar a segunda dose. “A CoronaVac está em falta e a segunda dose de algumas pessoas está atrasada, mas não tem problema: assim que chegar, vá lá e tome a vacina. Não precisa recomeçar do zero, porque a vacina, mesmo assim, vai lhe dar proteção. É importante fazer a segunda dose”, enfatizou.

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