Infectologista recomenda cuidados mesmo após duas doses da vacina contra Covid-19

Especialista alerta que situação vai melhorar quando houver elevado número de pessoas vacinadas. Também falou da importância da segunda dose para reforçar a produção de anticorpos

O médico infectologista Marcelo Daher alertou a população para que mantenha os cuidados sanitários recomendados pelas autoridades de saúde mesmo após receber as duas doses da vacina contra a Covid-19. Isso porque, segundo ele, nenhuma vacina é 100% eficaz e o quantitativo de pessoas vacinadas no Brasil ainda é pequeno, ou seja, existem milhões de pessoas com potencial para se contaminar e transmitir o vírus, além do que, mesmo após a vacina, algumas pessoas ainda contraem a doença.

Em entrevista ao programa O Mundo em Sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM nesta segunda-feira, 19, Marcelo Daher explicou que países como Israel e Reino Unido, que adotaram medidas rígidas de controle sanitário e vacinou a maior parte da população são exemplos de resultados positivos de controle da doença e já caminham para a normalidade. O médico também citou o caso da experiência feita na cidade de Serrana, em São Paulo, cuja população em torno de 30 mil habitantes foi totalmente vacinada e houve redução acentuada do número de contaminados, transmissão, gravidade dos casos e internações.

Segunda dose

Marcelo Daher falou também da importância da vacinação completa, com as duas doses. “É fundamental que as pessoas não subestimem a gravidade da Covid. Muitos tomam a primeira dose e se esquecem da segunda”, alertou ele. O médico explicou que a primeira dose estimula o organismo a produzir anticorpos. Já a segunda dose amplia o fortalecimento do sistema de defesa, garantindo a imunização. Conforme disse, mesmo que as vacinas não sejam totalmente eficazes, elas são fundamentais para reduzir o número de contaminações, a transmissão e reduzir a gravidade da doença quando ela ocorre.

Sobre o programa de vacinação, Marcelo Daher disse que está prevista a conclusão do atendimento da faixa dos idosos no fim de abril. A partir daí serão abrangidas as pessoas que apresentam comorbidades, que são uma parcela significativa da população. “Vivemos uma situação muito ruim, com quase 3 mil mortes por dia e estamos impedidos de entrar em outros países por conta da variante brasileira do vírus e alta taxa de transmissão. Precisamos avançar na vacinação, seguir com as medidas sanitárias e controlar a doença, para então retomarmos as atividades econômicas, o turismo, as viagens, etc.”, concluiu ele.

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