Deputado e médico Zacharias Calil diz que vacina é a solução para a pandemia

Parlamentar defende aquisição e aplicação do insumo também pelas empresas e diz que vacina e economia são irmãs siamesas que não podem ser separadas

O deputado federal Zacharias Calil (DEM), que também é médico, ao avaliar a situação da pandemia do novo coronavírus no Brasil, enfatizou que a vacinação em massa da população é a única saída para o problema e que a retomada da economia depende, fundamentalmente, da imunização das pessoas. Durante o programa Boa Noite Goiás, na quinta-feira 8, o parlamentar usou o exemplo dos gêmeos siameses (que nascem colados um ao outro), área em que ele é especialista, para dizer que vacina e economia não podem ser separadas.

O parlamentar goiano também explicou porque votou favoravelmente à proposta de compra e aplicação de vacinas pelas empresas, justificando que é essa uma forma do setor privado contribuir com o esforço de combate à pandemia, desafogando a fila de vacinação no Sistema Único de Saúde (SUS), além de reduzir os gastos do governo. “Na primeira lei, as empresas podiam comprar vacinas, mas doá-las integralmente ao SUS. Nesta nova lei, elas podem comprar, doar ao SUS, mas também imunizar os seus trabalhadores”, reforçou.

Zacharias Calil lamentou que o Brasil tenha perdido o timing da vacinação, quando em 2020 poderia ter corrido para garantir vacinas para aplicação agora, no primeiro semestre de 2021, em quantidades muito maiores do que ocorre atualmente. “Em 2020 o Governo Federal teve oportunidade de adquirir 100 milhões de vacinas, mas não o fez. Inclusive um lote de 30 milhões de vacinas negociadas com o Butantã pelo então ministro Eduardo Pazuello foi cancelado e agora, tardiamente, o país corre atrás de vacinas”, argumentou o parlamentar.

Sobre o recrudescimento da pandemia, com elevado número de contaminações, internações e mortes, Zacharias Calil disse que ainda não existe tratamento para combater o vírus. “O que se trata na realidade não é a Covid, mas os sintomas e as consequências dela. Medidas sanitárias como uso de máscaras, distanciamento social, higienização de mãos e outros são fundamentais. Porém, o problema persiste e os procedimentos médicos de tratamento precoce/tratamento preventivo, que causam muita polêmica, as internações e o uso intenso de UTIs são processos caros e nem sempre dão os resultados esperados. Daí a necessidade imperiosa da vacina”, observou ele.

Fechamento de igrejas

Outro tema debatido no programa Boa Noite de Goiás foi a decisão do Supremo Tribunal Federal de atribuir aos estados e municípios a responsabilidade de regular o fechamento e/ou abertura de templos para cultos e missas presenciais, com participação do advogado e pastor Cristovam do Espírito Santo. Ele criticou a decisão sob o argumento de que não há registro de contaminação em templos, principalmente com adoção das medidas sanitárias recomendados pelas autoridades de Saúde.

“Com ocupação de apenas 25% da capacidade do templo, as pessoas ficam distantes e os riscos são muito menores do que em locais como feiras, transporte coletivo e outros”, afirmou o advogado. Ainda sobre a manutenção de templos abertos, Cristovam do Espírito Santo disse que a prática do cristianismo é um dos pilares de mundo ocidental e as igrejas são essenciais, especialmente em momento tão conturbado quanto este de pandemia. Segundo ele, é onde as pessoas buscam consolo espiritual, paz e esperança. “Na realidade, em muitos estados e localidades, os governadores e prefeitos já flexibilizam a abertura dos templos. É uma questão muito mais de bom senso e responsabilidade do que imposição legal”, ponderou ele.

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