Fevereiro Laranja: mês de alerta sobre a leucemia

Médica hematologista foi entrevistada no TBC2 e falou sobre os tipos da doença, tratamentos e a importância da doação de medula óssea

Como outros tipos de câncer, a leucemia tem mais chance de cura com o diagnóstico precoce. Neste mês é realizada a campanha Fevereiro Laranja, que alerta sobre os tipos da doença, tratamentos e a importância de se tornar doador de medula óssea.

A médica hematologista Leandra Paiva esteve no estúdio do telejornal TBC2 nesta quarta-feira, 10, para falar sobre o Fevereiro Laranja. Segundo ela, a leucemia é uma doença genética, a pessoa nasce com os genes alterados que predispõem a desenvolver a doença. Tanto que existe leucemia em bebês e em todas as idades, passando pelas crianças, adolescentes, adultos e idosos, explicou. “Alguma hora esse gene se manifesta como uma doença aguda ou crônica.”

Leandra detalhou que, no caso da leucemia aguda, os sintomas se manifestam em semanas. A criança ou adulto já fica pálido, apresenta sangramentos anormais, pode ter febre intermitente que vai e volta sem uma causa, sem estar gripado, sem estar com dor. Ocorre uma febre todos os dias, de 38 graus centígrados, e muita dor óssea.  “A (leucemia) aguda é rápida, de sete a dez dias a gente já vê os sintomas”, afirmou.

Diagnóstico precoce

Acrescentou que já a leucemia crônica não se manifesta rapidamente. Ela causa o aumento do volume abdominal, ou às vezes nem tem sintoma, como os casos de leucemia linfóide crônica do idoso ou do adulto. Mas o hemograma (exame que avalia as células sanguíneas do paciente) já detecta. “Para a leucemia, também é muito importante o diagnóstico precoce; porque quanto mais rápido a gente trata essa medula, melhor a cura desse paciente”, alertou.

A respeito do tratamento da doença, a hematologista disse que na aguda é utilizada a quimioterapia, muito boa em criança onde tem 90% de chance de cura, sendo baixo risco e tratamento precoce. No risco intermediário ou alto, a quimioterapia é mais extensa, dura geralmente dois anos. E na leucemia crônica o tratamento é feito por terapia oral pela vida inteira. Mas Leandra Paiva garantiu que é possível ter um vida normal, com qualidade, até nos casos agudos da doença.

Doação

A médica falou ainda sobre a importância da doação de medula óssea, que é feita nos hemocentros. Alertou que o doador precisa manter os dados de seu cadastro (telefone, endereço, e-mail) atualizados para ser contactado, no caso de apresentar compatibilidade com algum paciente, tanto no Brasil quanto em outros países. Isso porque os bancos de doadores de medula óssea são interligados.

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