Delegado explica os cuidados para não cair no golpe do WhatsApp

Em entrevista ao TBC2, ele orienta as pessoas a fazer um contato por voz com a pessoa que enviou a mensagem pedindo dinheiro; e caso tenha caído no golpe, não ter vergonha de procurar a polícia

Entre os golpes que têm aumentado nesse período de pandemia estão aqueles efetuados por meio de aplicativos de celular, principalmente do WhatsApp. Os bandidos se passam por parentes ou amigos para solicitar, através de mensagens, que a vítima deposite dinheiro em contas bancárias indicadas por eles. Em entrevista concedida no estúdio do TBC2 nesta quinta-feira, 28/1, o delegado da Polícia Civil Cássio Arantes alertou para os cuidados a serem tomados, de modo a não cair nesse golpe.

Segundo o delegado, a dica mais preciosa é: fazer sempre o contato pessoal por voz. Ele explicou que a engenharia social desse golpe é realizada sempre por mensagem escrita. “O golpista jamais manda um áudio, jamais efetua uma ligação, ele apenas manda mensagem”, alertou. Recomendou que, ao receber um pedido de dinheiro de alguém conhecido via WhatsApp, a pessoa entre em contato com esse interlocutor por um número de telefone salvo na agenda e converse por voz; ou então converse no aplicativo com mensagem de áudio, porque assim o golpista não tem como enganar.

Vergonha

O delegado salientou ainda é fundamental que a vítima procure a polícia. E acrescentou que não precisa ter vergonha, porque esse é um golpe que atinge pessoas de todas as classes sociais e níveis intelectuais, embora os idosos sejam os mais vulneráveis. “A engenharia social é muito bem montada e acaba induzindo a pessoa ao erro”, ponderou. 

Conforme Cássio Arantes, com o pacote anticrime que entrou em vigor em janeiro do ano passado, o estelionato passou a ser crime de ação penal pública condicionada à representação. Ou seja, na prática, se não tiver a vítima presente na delegacia manifestando o interesse pela investigação, ela não pode ser realizada de maneira nenhuma.

Lembrou ainda que são golpes vultosos, que resultam, desde pequenos até prejuízos quase milionários. Citou que a Polícia Civil investiga o caso de uma vítima do Rio de Janeiro, uma pessoa idosa de alto poder aquisitivo, que perdeu mais de R$ 500 mil, sendo que o dinheiro foi depositado em contas bancárias vinculadas a Goiás. Essa vítima fez depósitos sucessivos, supostamente para seu filho, ao longo de três dias, e só depois desconfiou que se tratava de um golpe.

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