Infectologista comenta na RBC o fato da letalidade da Covid-19 em Goiás ser menor do que a média nacional

Boaventura Braz disse, em entrevista, que contribuíram para esse resultado a qualidade do corpo de profissionais goianos e a procura pelos serviços de saúde de forma precoce

Em entrevista ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, o médico infectologista Boaventura Braz comentou nesta quarta-feira, 4, o fato de a taxa de letalidade da Covid-19 em Goiás estar em 2,3%, portanto abaixo da média nacional, de 3,3%. Ele conversou com os apresentadores Paulo Henrique Santos e Roberto Cândido.

Na avaliação do infectologista, esse resultado pode ser atribuído à qualidade do corpo de profissionais goianos; e ao fato do grau de informação, de modo geral, que leva o paciente a procurar o serviço de saúde o mais precoce possível, o que gera grande possibilidade de que ele tenha um prognóstico melhor.

Demanda menor

Boaventura falou ainda a respeito de uma tendência observada, de queda na demanda por leitos de tratamento da doença nos hospitais do Estado. “Nos últimos dez dias, quem acompanha e está dando assistência aos pacientes percebe isso nitidamente isso. Há uma certa redução no número de pacientes que procuram (tratamento médico), e também as próprias UTIs com leitos disponíveis para a Covid começam a sofrer um impacto menor”, afirmou.

Ele comentou que em Goiânia, o Hospital de Urgência Otávio Lage (Hugol), há dois/três meses, estava operando “a todo o vapor” no cuidado com os pacientes da Covid. Agora, as portas do Hugol estão fechadas, “no bom sentido”, para esses pacientes, porque não há mais necessidade, ponderou.

“A tendência, a nossa esperança agora, é que gradualmente vá reduzindo o volume de internações e, consequentemente, os que nos que procuram possam ter um bom atendimento, e colaborar para a redução da letalidade, da morte”, declarou.

Feriadão

Entretanto, o médico se referiu ao grande movimento de pessoas ocorrido nas cidades turísticas brasileiras, e também nas goianas, no último feriadão de 7 de setembro, causado principalmente pelos jovens. Segundo ele, a redução da demanda por leitos para o tratamento da doença pode sofrer um revés diante de tal situação, embora a esperança é de que os números continuem em decréscimo.

Para Boaventura Braz, provavelmente, se esse fato tiver algum impacto significativo, será de 12 a 15 dias depois desse processo de aglomeração. Esse é o tempo para que esse jovem tenha o período de incubação da doença, apresente manifestações leves ou ficar assintomático mesmo, e transmita (a Covid-19) para seus familiares e colegas de trabalho.

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