Ao TBC 1, analista do Sebrae falou do aumento do empreendedorismo em Goiás nesse tempo de pandemia

A analista do Sebrae Goiás Mara Cristina Machado Lima e a apresentadora Michelle Bouson, nos estúdios da TBC

De acordo com Mara Cristina Machado Lima, tempo de crise é também momento de oportunidade e que o empreendedor brasileiro é criativo

Em entrevista nesta quarta-feira, 2, ao TBC 1, da TV Brasil Central, a analista do Sebrae Goiás Mara Cristina Machado Lima mostrou muito otimismo com o crescimento do empreendedorismo em Goiás, mesmo com as restrições econômicas todas da pandemia do novo coronavírus. Explicou que o empreendedor brasileiro é criativo e, com as dificuldades, tende a buscar novas perspectivas, “naquilo que a gente chama de o empreendedor por necessidade”, driblando esse momento e indo buscar uma grande oportunidade a partir das dificuldades.

A Junta Comercial do Estado de Goiás (Juceg) informou que no mês de julho de 2020 foram abertas 2.524 empresas, representando 18% a mais do que o mesmo período do ano passado e que houve superávit de novas empresas também no primeiro semestre deste ano em relação ao ano passado. Segundo Mara, a pandemia suprimiu e congelou muitos postos de trabalho, mas que, por outro lado, houve muitas formalizações em serviços e obras, incluindo nelas as distribuidoras de bebidas para os eventos que são realizados em casa, serviços de estética, cabeleireiros e barbearia, muitas vezes oferecendo o serviço personalizado, no domicílio. “Por ficarem mais em casa, as pessoas começaram a perceber que as coisas precisavam ser feitas, observou.

Crise e oportunidade

Falou também que a crise está gerando oportunidade, mesmo existindo o risco de o negócio não prosperar. Para evitar isso, disse que o Sebrae está à disposição para ajudar no plano do negócio e também na gestão, “para estruturar o negócio de uma forma profissional, com sustentação financeira, de pessoal e o que for importante para esse trabalho”. Observou que muita gente abre o negócio intempestivamente, podendo engrossar os números de mais de 60% de empresas falidas ao primeiro ano de funcionamento e que para isso não acontecer o Sebrae oferece assessoria de qualidade.

Mara informou que a maior parte dos empreendedores nessa época é constituída de Micro Empreendedores Individuais (MEIs), e que muita gente faz isso como teste para incursões maiores no futuro. “A partir do momento em que perceber que o faturamento aumenta e há necessidade de contratação de mais empregados, aí eles crescem”, argumentou. Os MEIs hoje têm vantagens de segurança social, seguro saúde e podem até mesmo pleitear financiamentos, respeitando a margem do seu faturamento. Afirmou que o crédito existe e citou o caso do Pronamp (Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor), que inclusive, por ação do governador Ronaldo Caiado, está disponibilizando mais recursos agora em Goiás para financiamento. “Há muito recurso, o que precisa é estar estruturado, com um bom plano de negócio e gestão eficiente”, assegurou Mara Cristina.

Confira a entrevista na íntegra:

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