Superintendente da Saúde diz que é preciso sair da estabilização alta de casos e óbitos da Covid-19 para uma redução sustentada

Sandro Rodrigues informou, em entrevista à RBC, que o Estado está registrando cerca de 1.500 casos e 40 a 45 óbitos por dia, situação que ainda exige atenção e vigilância

O superintendente de Atenção Integral à Saúde da Secretaria de Estado da Saúde (SES), Sandro Rodrigues, disse nesta quarta-feira, 2, que provavelmente Goiás registra atualmente uma “certa estabilidade” no número de novos casos confirmados e de óbitos causados pela Covid-19. Entretanto, essa estabilização está na ordem de 1.500 casos diários e 40 a 45 mortes por dia.

“A gente precisa sair desse patamar estável e descer, começar a reduzir (as estatísticas) para uma posição mais tranquila”, defendeu. Segundo ele, o mais importante é que essa redução se dê de forma sustentada, e isso só será possível com atenção e vigilância. Sandro foi entrevistado pelo radiojornal O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, apresentado por Jerônimo Venâncio e Roberto Cândido.

Distanciamento social

O superintendente reforçou a necessidade de manter o distanciamento social, lembrando que “é uma responsabilidade de cada um”. Embora tenha sido permitida a retomada de várias atividades econômicas, ponderou que esse retorno não deve acontecer como era antigamente, antes da Covid-19, mas baseado em recomendações sanitárias da Secretaria da Saúde. “Que voltem a funcionar, mas com segurança”, salientou.

Sandro observou que, para muitas pessoas, parece que não estamos no meio de uma pandemia, ao comentar o fato de, em Goiânia, algumas ruas estarem lotadas, assim como bares, e algumas pessoas não usarem máscara facial, “o que é preocupante”. Argumentou que “essa questão de distanciamento social não é fácil para mim, para você, para ninguém”, porém é necessária no atual momento.

E alertou: “Só que a gente fez tanto neste período, de março e abril até agora, que é a hora certa para apertar um pouquinho mais, para isso passar de forma mais rápida, porque (o número de casos) começa a cair de forma sustentada, como já disse, e ficamos mais tranquilos com relação a isso”.

Leitos de UTI

Questionado sobre a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para o tratamento de pacientes com Covid-19 em Goiás, o superintendente da SES informou que foram implantados 308. A taxa de ocupação média desses leitos varia, por causa das altas e dos óbitos, mas tem girado entre 80% e 90%.

“É uma faixa que nos dá certa tranquilidade, pois as pessoas que precisam estão tendo acesso a esses leitos. Mas também preocupa, porque pode sair de 90% e ir para 95% a 100% muito rápido, dependendo da demanda dos pacientes”, avaliou.

Ele reforçou que a Secretaria da Saúde tem conseguido ofertar leitos para a população “de forma regionalizada”, e que este talvez seja o principal legado da pandemia para o Estado. A oferta de leitos de UTI não está mais concentrada apenas em Goiânia, Aparecida e Anápolis, acrescentou.

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