Testagem ampliada visa interromper a cadeia de transmissão da Covid-19 em Goiânia, informa superintendente da Secretaria Municipal da Saúde

Yves Mauro disse, em entrevista à RBC, que a ação pretende ainda diminuir a velocidade de propagação da doença, isolar pessoas sintomáticas, diminuir os casos de internações e evitar óbitos

A Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia começou, pela região do Jardim Guanabara, a testagem ampliada da Covid 19 na população da capital. Em seguida, a ação foi levada para a Região Noroeste; e nesta quarta-feira, 12, teve início na Região Leste, no setor Novo Mundo. Desde então, a curva do número de casos confirmados da doença cresceu na capital, embora o mesmo não tenha ocorrido em relação aos óbitos.

De acordo com o superintendente de Vigilância em Saúde da Prefeitura de Goiânia, Yves Mauro Ternes, o propósito da testagem ampliada é interromper a cadeia de transmissão da doença. E, dessa forma, diminuir a propagação da doença, isolar as pessoas com sintomas, reduzir o caso de internações e evitar óbitos. Como ainda não existe vacina contra a Covid-19, é preciso evitar o contato de pessoas que tenham a doença com aquelas que têm comorbidades.

Yves Mauro explicou a atuação da Secretaria Municipal de Saúde de Goiânia, durante entrevista concedida nesta quinta-feira, 13, ao programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM. Ele disse aos apresentadores Juvêncio Alarcon e Rafael Mesquita que na região do Jardim Guanabara foi verificado índice de quase 15% de casos positivos entre as pessoas testadas, e boa parte das pessoas eram sintomáticas.

“A gente orienta as pessoas sintomáticas para que procurem as unidades de saúde, pois vão receber atendimento médico mais adequado e também vão fazer o exame RT-PCR que é o mais adequado também”, afirmou. Acrescentou que a Prefeitura de Goiânia adquiriu 100 mil testes deste tipo para atender as pessoas com sintomas que procurem as unidades de saúde.

Isolamento social

Ele ponderou que, em contrapartida, a positividade encontrada nos exames rápidos é significativa porque, ao serem detectadas, as pessoas com a doença vão deixar de circular no comércio e nas ruas, e ficar em isolamento social.

O superintendente pediu a colaboração das pessoas, ao frequentarem a região da Rua 44 e as feiras livres e especiais, pois nesses locais abertos há mais risco de contaminação. Disse que a fiscalização foi reforçada, mas admitiu que ela ainda não é suficiente para atender toda a capital. Por isso, as ações mais efetivas de fiscalização são realizadas em locais que registram maior aglomeração de pessoas.

Conforme Yves, para que ocorra a redução na curva epidemiológica de Goiânia é preciso que ocorra a queda na transmissão do vírus. Explicou que algumas regiões da capital têm uma prevalência maior da Covid-19, que chega a 15% como na Região Norte, mas em outras regiões chega a 5%.

“Nós temos sete distritos sanitários em Goiânia e cada um tem uma peculiaridade específica”, afirmou. Então, para reduzir essa estabilidade alta (no número de casos), ele destacou que é preciso manter o distanciamento social, lavar as mãos ao chegar em casa e usar a máscara em espaços públicos.

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