Economia goiana deve voltar a crescer a partir de agosto, diz secretário de Estado da Indústria, Comércio e Serviços

Pasta estima que Goiás vai receber R$ 1,2 bilhão em investimentos privados nos últimos cinco meses do ano; Adonídio Vieira Júnior concedeu entrevista à RBC

A Secretaria de Estado de Indústria, Comércio e Serviços (SIC) estima que Goiás vai receber cerca de R$ 1,2 bilhão em investimentos privados nos últimos cinco meses de 2020. A SIC projetou este valor com base no que tem prospectado entre as empresas que podem vir a se instalar no Estado, mas o total de investimentos pode ser ainda maior. É esperada uma retomada mais forte do crescimento da economia goiana a partir de agosto, mas isso vai depender da evolução da pandemia da Covid-19.

De acordo com o secretário Adonídio Vieira Júnior, desde o ano passado o Governo do Estado vem fazendo uma série de anúncios de atração de investimentos, e grande parte se refere ao agronegócio. São usinas de açúcar e de etanol, processadoras de milho, empresas de biodiesel, algumas indústrias farmoquímicas, e também uma série de investimento no setor de logística. Ele concedeu entrevista, nesta segunda-feira, 13, para Emmerson Kran e Paulo Henrique Santos, apresentadores do programa O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM.

Logística

Na área da logística, o titular da SIC ressaltou a iminente inauguração do trecho goiano da Ferrovia Norte-Sul, que tem propiciado o anúncio de uma série de terminais logísticos, como, por exemplo, o terminal de combustíveis de Leopoldo de Bulhões, próximo a Anápolis; e outro em Rio Verde, que ligará o município do Sudoeste Goiano ao porto de Santos (SP). “Nós, da SIC, liderados pelo governador Ronaldo Caiado, temos tentado atrair uma série de investimentos para melhorar nossa logística e também facilitar a instalação de novas empresas”, disse.

Sobre a pandemia como fator inibidor dos investimentos privados, argumentou que ela não tem inviabilizado a instalação de empresas no Estado. Admitiu, contudo, que em algumas plantas (industriais) provocou atraso, considerado inevitável. Isso porque em vários municípios as obras (de construção civil) foram suspensas, além do receio do mercado e da dificuldade na liberação de crédito. “Tanto que, das 135 empresas já anunciadas, nenhuma desistiu de se instalar em Goiás. Algumas suspenderam os projetos, mas já devem retomar a partir do mês de agosto”, ponderou.

Adonídio destacou que recentes indicadores econômicos do Banco Central e do IBGE mostram que a economia goiana tem sofrido menos com a pandemia do que as de outros Estados. “Isso se deve muito à nossa matriz econômica, grande parte dela focada em atividades essenciais, como o agronegócio, o setor de alimentos”, analisou. Segundo o secretário, Goiás conta ainda com o segundo maior polo farmoquímico do País, sediado principalmente em Anápolis. A produção do Estado tem foco nos produtos essenciais, que abastecem todo o Brasil e até o mundo. 

Ele citou que a balança comercial goiana registrou, em junho último, saldo comercial (diferença entre exportações e importações) superavitário superior a US$ 500 milhões, pelo segundo mês consecutivo. Disse ainda que Goiás tem localização geográfica privilegiada e uma nova política de incentivos fiscais. O Estado foi o primeiro a propor um programa de desenvolvimento, o ProGoiás, que está sendo regulamentado. Conta ainda com a força do FCO (Fundo de Financiamento do Centro-Oeste) e com outras ferramentas para a atração de investimentos.

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