Presidente da Goiás Turismo fala dos desafios do setor durante a pandemia de Covid na RBC

Fabrício Amaral explicou o cancelamento da Temporada do Araguaia e detalhou as linhas de crédito para amparar o empresário e o trabalhador do turismo

O turismo é o único setor que se encontra hoje 100% paralisado, segundo o presidente da Agência Estadual de Turismo de Goiás (Goiás Turismo), Fabrício Amaral. Isso tem gerado muitos desafios tanto para o fôlego das empresas turísticas durante o fechamento quanto para a retomada, ainda com data imprevisível. 

Para falar dos assuntos do turismo em Goiás durante a pandemia, o presidente da Goiás Turismo participou nesta sexta-feira, 12, do programa O Mundo em Sua Casa, radiojornal das emissoras RBC FM e Brasil Central AM, ambas da Agência Brasil Central (ABC). 

Na conversa com os apresentadores Lucas Nogueira e Marcelo Cabral, Fabrício Amaral falou do cancelamento da tradicional Temporada do Araguaia nos municípios que margeiam o rio, de medidas de amparo às comunidades mais pobres que vivem do turismo do Araguaia e da situação geral do turismo no estado, destacando cidades como Caldas Novas, Pirenópolis e Alto Paraíso, na Chapada dos Veadeiros.

“Vínhamos conversando com os prefeitos e Ministério Público há 60 dias tentando achar uma alternativa de manter a Temporada do Araguaia minimamente, mas infelizmente chegou-se à conclusão da impossibilidade de administrar uma possível crise de contaminação. É uma região muito precária em termos de saúde pública e o Estado não conseguiria atender, pois o volume de pessoas é muito grande”, justificou Amaral sobre a decisão de cancelar todas as atividades realizadas normalmente nesta época à beira do rio.

Para amenizar os efeitos econômicos sofridos pelas famílias que dependem do turismo na região do Araguaia, Fabrício Amaral informou que o governo de Goiás vai disponibilizar a partir da próxima semana uma linha de crédito subsidiada, com juros baixos (5% ao ano) e carência de 12 meses para começar a pagar. 

Além disso, há uma proposta em estudo com o Ministério Público do Trabalho para estimular que as pessoas se qualifiquem durante a pandemia, mas recebendo por isso. “Temos R$ 24 milhões do Ministério do Turismo para isso, para ajudar exclusivamente o empresário do turismo goiano, contando com apoio da Goiás Fomento”, informou.

Já para destinos turísticos mais consolidados no estado, como as cidades de Pirenópolis, Caldas Novas, Vila Boa e Alto Paraíso, o presidente da Goiás Turismo é mais otimista. Ele acha que essas cidades retomarão suas atividades antes mesmo do conjunto do setor, em função de seu nível de organização e apoio das respectivas prefeituras. 

“Esses municípios, junto com os empresários, possuem um plano focado em todas as rotinas de saúde, com controle de entrada e saída de pessoas e cargas e, sobretudo, porque têm também estruturas melhores de saúde pública”, disse Amaral.

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