Em entrevista à RBC, Prefeito de Aparecida de Goiânia diz que estuda adotar escalonamento
Gustavo Mendanha explicou que a ideia é ter alguns setores funcionando enquanto outros param ao longo da semana
O prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, estuda adotar um escalonamento do funcionamento do comércio e indústria no município. Ele participou do radiojornal O Mundo em Sua Casa, das rádios RBC FM e Brasil Central AM, nesta quinta-feira, 21, explicando a medida aos apresentadores Marcelo Cabral e Paulo Henrique Santos.
A ideia apresentada pela prefeitura na última reunião do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao Novo Coronavírus é liberar o trabalho normal a alguns setores enquanto outros param ao longo da semana. É um modelo parecido com o adotado em Israel, diz o prefeito.
“Em Israel todo mundo trabalha sete dias por semana e folga quatro. O que queremos aqui é ou parte da cidade trabalha sete dias e folga três ou quatro dias ou faremos em dias alternados; segunda, quarta e sexta funcionam algumas atividades, e terça, quinta e sábado outras atividades funcionariam”, detalhou Mendanha.
Outra medida que acompanharia o escalonamento, que deve ser adotado por decreto depois da anuência do comitê, é a determinação da obrigatoriedade do uso de máscara, incluindo definição de multa em caso de descumprimento. Perguntado sobre os shoppings centers, Mendanha sugeriu que o setor pode ser um caso à parte e que o ideal seria uma decisão conjunta com outras prefeituras da Região Metropolitana.
Mais testes
Segundo o prefeito a elevação do número de casos confirmados na cidade nas últimas semanas não pode ser creditada à flexibilização do funcionamento do comércio. “Nós aumentamos o número de testes de 15 semanais para 300 e já solicitei ao secretário de Saúde para que possamos ter 300 diários. Então, com o aumento dos testes nós identificamos mais pessoas que estavam doentes”, disse acrescentando que a adoção do escalonamento seria uma resposta a esse aumento dos casos de Covid-19 na cidade.
Mendanha falou ainda sobre a retomada das aulas na cidade, que na opinião dele deve ocorrer só a partir de agosto, e informou ao final sobre a situação das contas públicas do município com a pandemia. Por ora, diz, não há risco de corte ou atraso de salário do funcionalismo.
“Estamos analisando todos os cenários, prefeitura perdeu quase R$ 50 milhões em receita e aguardamos as medidas de apoio do governo federal, que não chegou ainda apesar de ter projeto já aprovado. Tomamos algumas medidas de redução de gastos e acho que o pagamento do funcionalismo não vai ser prejudicado”, afirmou.
ABC Digital