“Nós estamos mantendo o isolamento social”, diz Caiado em entrevista coletiva sobre o decreto que flexibiliza o funcionamento de alguns setores

Governador Ronaldo Caiado, em entrevista coletiva

Governador afirmou que retomada de algumas atividades, como mineração, construção civil e atividades religiosas, foi programada e dentro de critérios

O governador Ronaldo Caiado concedeu entrevista coletiva à imprensa no Palácio das Esmeraldas na manhã desta segunda-feira, 20, transmitida ao vivo pela TV Brasil Central e rádios Brasil Central AM e RBC FM, assim como pelas redes sociais das emissoras da Agência Brasil Central. Ele explicou o novo decreto governamental baixado, que autorizou o retorno do funcionamento de algumas atividades econômicas, como construção civil, mineração e lava-jatos, além de atividades religiosas, sendo que esta última categoria seguirá critérios mais rígidos. Mas salientou: “Nós estamos mantendo o isolamento social”.

Conforme o governador, este “vírus (o coronavírus) não senta, não conversa, não dialoga. E como tal, não faz concessões nem aos dirigentes das maiores potências do mundo, nem às pessoas mais humildes. E tem o hábito de punir aqueles que não cumprem as regras de controle sanitário”. Ele lembrou que Goiás foi o primeiro Estado do País a decretar o isolamento social, quando ainda nem havia casos da Covid-19 por aqui. Houve incompreensão, “mas graças a Deus, no cenário nacional, hoje temos um dos melhores índices de curva no combate à propagação do coronavírus”.

Por isso, disse Ronaldo Caiado, a decisão de autorizar o retorno de algumas atividades econômicas, de forma controlada e dentro de critérios. Ele afirmou que, até a semana passada, o Governo do Estado definia a política sanitária. Mas recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) concedeu essa autorização a Estados e municípios. Então os municípios também passarão a ter maior responsabilidade, ponderou. Mas lembrou que, em casos de excessos nos municípios que coloquem em risco o trabalho sanitário (de combate à disseminação da Covid-19) desenvolvido, órgãos como o Ministério Público e o Poder Judiciário poderão atuar.

Regionalização da Saúde

O governador disse ainda que, neste último mês, o Governo do Estado pode avançar em projetos da Saúde, com a estadualização de hospitais de Jataí, Formosa, São Luís de Montes Belos e Luziânia, a transferência do Hospital de Itumbiara pelo Poder Judiciário, o HCamp de Luziânia, e uma parceria com a prefeitura de Porangatu para colocar em funcionamento a unidade hospitalar daquele município. Entretanto, apontou as dificuldades para adquirir respiradores, monitores e camas apropriadas para esses hospitais.

Segundo ele, somente o HCamp de Águas Lindas, que está sendo construído pelo governo federal, tem todos os equipamentos garantidos. “Precisamos de mais 400 leitos e aproximadamente 200 ventiladores para atender a demanda das Regionais (de Saúde)”, explicou. Por isso, voltou a reforçar que o isolamento social continua no Estado. E destacou: para combater a propagação do coronavírus e suas sequelas, como os óbitos, “é necessário contar com a conscientização e a responsabilidade de cada cidadão que habita o Estado de Goiás”. 

Risco

Argumentou que não foi possível avançar mais na flexibilização, para que Goiás não corra o risco de passar pela mesma situação de Macapá, Manaus, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro, localidades onde os porcentuais de ocupação dos leitos nos hospitais públicos chegam a 100%.

Ronaldo Caiado falou ainda sobre as populações mais vulneráveis do Estado, que são foco do trabalho social da OVG, Secretaria de Desenvolvimento Social e Gabinete Social da primeira-dama, os quais estão empenhados em promover a distribuição de cestas básicas. Citou ainda que as famílias que têm crianças na rede estadual de ensino estão recebendo do Governo do Estado a quantia de R$ 150,00 por filho, para garantir a alimentação durante o período de suspensão das aulas presenciais.

O decreto está disponível na íntegra no site do Diário Oficial.

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