Em entrevista à RBC, médica infectologista afirma que esta pandemia é completamente diferente de todas as outras

Conforme Letícia Aires, no Brasil o índice de mortalidade de pessoas com menos de 60 anos tem sido maior do que na China e em países europeus

Esta pandemia é completamente de todas as outras, não é à toa que todo mundo está dentro de casa. A declaração é da médica infectologista Letícia Aires, que concedeu entrevista nesta terça-feira, 14, ao radiojornal O Mundo em sua Casa das rádios Brasil Central AM e RBC FM, para Jerônimo Venâncio e Paulo Henrique Santos.

Ela comentou ainda o fato de que no Brasil a Covid-19 tem causado maior número de mortes em pessoas com idades inferiores a 60 anos e sem comorbidades, ao contrário do que ocorreu na China e na Itália, por exemplo, onde os idosos foram ou têm sido o maior contingente de vítimas fatais.

“A gente não pode ter esse discurso de que o vírus só mata idosos, pessoas com mais de 60 anos de idade, porque no Brasil o comportamento dele está diferente”, ponderou. A médica se referiu a recentes casos de morte registrados em Goiás, como o da profissional da saúde que tinha 38 anos, e ainda do engenheiro agrônomo de 31 anos. Letícia Aires admitiu que aqui estão ocorrendo mais casos fora do padrão do que em outros países.

Diagnóstico precoce

Por isso, ressaltou, é preciso ficar atento e prestar atenção para o diagnóstico precoce e tentar fazer a avaliação precoce das complicações (que acometem o paciente) para promover a administração correta do tratamento. Mas lembrou que o vírus é novo, e tem se comportado de forma diferente no Brasil, o que pode ser em relação ao clima ou a outras questões. “O coronavírus está se mostrando bem diferente e difícil de lidar”, admitiu.

A médica trabalha na Polícia Militar e atua dentro da corporação, visando tentando detectar os casos (de Covid-19) de forma precoce, de forma que os policiais não fiquem expostos ao novo coronavírus.

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