Goiás lança projeto de identificação neonatal para evitar trocas de bebês em maternidades
O governo de Goiás lançou nesta sexta-feira (10) o projeto Identificação Neonatal Goiás, que começa a ser implantado em dez maternidades do estado. A iniciativa, desenvolvida pela Superintendência de Identificação Neonatal da Polícia Civil em parceria com a Secretaria de Saúde, tem como objetivo evitar trocas, fraudes e sequestros de recém-nascidos. “Isso evita trocas, evita fraude, evita sequestro. Aumenta muito a segurança do parto, daquele momento tão precioso, que agora vai contar com mais esse tipo de proteção para as famílias”, destacou o secretário estadual de Saúde, Rasível Santos, em entrevista para a TV Brasil Central.
O protocolo prevê a coleta das impressões digitais da mãe e do bebê em três etapas: logo após o parto, durante a internação e no momento da alta. Segundo a Polícia Civil, essa redundância na coleta garante a confirmação da identidade antes da saída da maternidade. “Esse projeto que está sendo feito, juntamente com a Secretaria de Saúde, é inovador no Brasil”, afirmou o delegado-geral da Polícia Civil, André Ganga. Profissionais de saúde estão sendo capacitados por peritos da corporação para realizar o procedimento diretamente nas maternidades.
“Temos que avançar em tecnologia. Goiás já investiu 670 milhões de reais na área de inteligência artificial”, explicou o governador Ronaldo Caiado. A Maternidade Nossa Senhora de Lourdes, em Goiânia, foi a primeira a receber o selo “Maternidade Segura”, com 100% do protocolo já em funcionamento. O objetivo é que o projeto se torne obrigatório em todas as unidades públicas e privadas do estado. “A criança já começa a ser uma cidadã a partir do nascimento. Minutos após nascer, ela já é identificada, já se torna um cidadão com direitos”, o secretário de Saúde. O investimento faz parte da política estadual de modernização tecnológica, que destina recursos para a área de inteligência artificial e sistemas integrados de identificação civil e biomédica.
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