Hospital Estadual de Jataí reúne profissionais em simpósio sobre humanização e diversidade

Evento promovido pela unidade de saúde do Governo de Goiás no Sudoeste Goiano debate inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista (TEA) na sociedade

Profissionais de saúde debatem TEA durante simpósio no Hospital Estadual de Jataí

O Hospital Estadual de Jataí Dr. Serafim de Carvalho (HEJ) promoveu o 1º Simpósio de Humanização e Diversidade, enfocando o tema essencial Compreendendo o TEA: Apoio e Acolhimento aos Indivíduos e suas Famílias no Contexto Hospitalar. O evento, realizado em 19 de abril, marcou um importante passo na disseminação de conhecimento e reflexão sobre a inclusão das pessoas com transtorno do espectro autista na sociedade.

Para a coordenadora multidisciplinar do HEJ, Laryssa Hoff, o simpósio foi uma oportunidade para que profissionais de diversas áreas e membros da comunidade pudessem ampliar seus conhecimentos sobre o TEA e debater estratégias para promover uma sociedade mais inclusiva e acolhedora.

“Desde o ano de 2023, a equipe multiprofissional vem trabalhando principalmente na formação dos nossos colaboradores. Nós precisamos pensar que sim, a humanização é muito importante, mas precisa estar atrelada a uma assistência impecável à saúde e nós só vamos ter isso formando os colaboradores, nos dedicando a fazer simpósios, a fazer jornadas, a fazer cursos de extensão, para que eles possam também entender que, além de ações de humanização, a assistência em saúde precisa ser impecável e segura para o paciente”, afirma Laryssa.

Durante o evento, Fabrício da Gama Pereira, enfermeiro da UTI da unidade e palestrante do simpósio, ressaltou a importância de compreender o TEA e garantir um ambiente hospitalar acolhedor para esses indivíduos e suas famílias.

“Compreender esse transtorno, entender quais são as nossas atribuições enquanto profissionais da saúde, de modo que a gente consiga acolher esses indivíduos e prestar a assistência à saúde desses indivíduos em situações de adoecimento no hospital, é fundamental. Quando falamos no tema de acessibilidade da pessoa autista ao hospital, estamos falando da acessibilidade da comunidade de pessoas com deficiência”, disse.

Experiência
Fabrício também contou da sua experiência enquanto pessoa que vive o espectro e atua em unidade hospitalar. “Eu fico muito contente porque hoje somos não tantos quanto gostaria, mas com uma quantidade razoável de profissionais, autistas e outras pessoas com deficiências que estão no mercado de trabalho, e é importante para diversificar o espaço.”

Para a supervisora de enfermagem da UTI, Nayara Rezende Freitas, assegurar o acesso de todos os usuários é um dever de cada profissional de saúde. “Temos que ver o que o paciente precisa e oferecer esse atendimento individualizado, por exemplo, um paciente autista precisa ter prioridade, e temos que melhorar isso todos os dias dentro das unidades de saúde”, afirma.

A atividade está alinhada com o Coletivizar, projeto institucional da Fundahc/UFG, fundação gestora da unidade do Governo de Goiás, que visa desenvolver atividades de letramento e capacitação em assuntos referentes à Diversidade, Equidade e Inclusão (DE&I), com o objetivo de cessar o preconceito e oferecer o acolhimento ideal a todas as pessoas.

João Eduardo Alves Ferreira (texto e foto)/Fundahc

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