Foi divulgado hoje o balanço da Operação batizada de “Operação Reverso”, que aconteceu na última terça-feira. O bloqueio online mais o valor apreendido em dinheiro somam até agora R$ 2.790.194,88. Esse é um número parcial. Há também o bloqueio de veículos e imóveis que ainda estão sendo contabilizados.

Depois de um trabalho intenso de investigação, o Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos (Cira), cumpriu 11 mandados de busca e apreensão contra empresas suspeitas de associação para ocultação de patrimônio e sonegação de impostos.

O objetivo do Cira foi o de buscar o reconhecimento patrimonial para recuperar os R$ 274 milhões devidos à Fazenda Pública Estadual. A suspeita era de que 14 pessoas físicas estivessem envolvidas no suposto esquema que visava confundir o real patrimônio.

As empresas possuem endereços em Campinas e três devem o ICMS ao Estado. São elas a Aquarela Doces e Festas (R$195,6 milhões), a Bambolê Doces e Festas (R$32,3 milhões) e a Fabiantex Malhas (R$ 46,2 milhões). Outras seis empresas são de participação e, portanto, não são obrigadas a pagarem o ICMS. Após investigação, foi constatado que elas estão registradas em nome de familiares dos proprietários das três empresas citadas acima.

Ao todo, já foram mais de 30 execuções fiscais na tentativa do Estado de receber a dívida das três empresas principais. Isso vem acontecendo desde 2009 mas sem sucesso, uma vez que o grupo provocou essa confusão patrimonial.

A ação judicial foi elaborada e ajuizada pelos Procuradores Marcílio Ferreira e Raimundo Diniz, que contaram com a colaboração de outros Procuradores. Foram meses de trabalho até conseguir chegar ao resultado apresentado na última terça-feira, quando foi deflagrada a Operação Reverso.

Fonte: Assessoria de Comunicação PGE

Foto: ASCOM MPGO