Histórias da PGE: Hernane Marra deixa um legado de dedicação e presteza

“Agradeço muito à PGE, aos colegas com quem tive a oportunidade de conviver, foi uma jornada muito gratificante. Tudo foi válido”

Era o dia 10 de outubro de 1990 quando uma turma de jovens idealistas, inspirados pelos ares de renovação da Constituição Cidadã, recém-promulgada dois anos antes, tomou posse no cargo de Procurador do Estado de Goiás. Entre eles, estava Hernane Luiz Marra da Madeira, que, aos 25 anos, tinha o firme propósito de fazer diferente no serviço público, inspirado pelos ares de mudança da Constituição Federal de 1988. “Ela dava um gás para pensar nessas inovações”, conta.

Foram 28 anos de dedicação e, como o próprio Hernane diz, de aprendizado com as experiências vividas na PGE. No dia 30 de novembro, foi publicada a portaria de sua merecida aposentadoria. Agora, ele terá tempo para se dedicar a outros projetos, entre eles, o Lar Espírita Francisca de Lima, que atende, gratuitamente, 200 crianças de zero a 6 anos em período integral, de segunda a sexta-feira. Mas os poucos dias de aposentadoria têm soado como férias. “Ainda não caiu a ficha. Não esvaziei as gavetas nem fui buscar as coisas que deixei”, conta. “Estou adiando, parece que sinto já um saudosismo, ainda não me sinto aposentado”, reconhece.

“A PGE foi uma escola para mim, é um lugar onde se pode fazer muitas coisas boas por muitas pessoas, pela sociedade, seja exercendo o cargo de Procurador, seja atendendo bem as pessoas”, afirma Hernane. No começo, no auge de seus 25 anos, ele relata que não era incomum as pessoas entrarem em sua sala e exclamarem: “Mas é um menino!”, devido à pouca idade com que ele e os colegas iniciaram na carreira de advogado público. Hernane encontrou professores da faculdade na PGE. “Eu nem sabia direito como me comportar, era um mundo novo a ser explorado”, lembra.

Ele passou por várias Procuradorias e por cargos diferentes, de chefia e de confiança, durante sua atuação na PGE. “Eu trabalhei com pessoas muito experientes e competentes, foi uma escola muito positiva para mim”, avalia.

O primeiro local de lotação de Hernane foi na Procuradoria Administrativa (PA), onde ficou por dois meses. Um dia, ele chegou e havia uma portaria sobre sua mesa, lotando-o no Gabinete. Ele não sabia ao certo que se tratava de uma promoção. Depois disso, ele foi para o Tribunal de Justiça, durante as gestões de Mauro Campos e Homero Sabino (parcial), para depois voltar à PGE e assumir a chefia da Procuradoria Administrativa. Hernane lembra que havia muitos armários cheios de processos – na época só havia o meio físico – e, depois de muito empenho de sua equipe, o estoque foi zerado.

“Foi uma época de muito trabalho e também de prestígio por conseguirmos dar uma resposta à sociedade.” Hernane foi ainda chefe da Assessoria de Gabinete (AG) e do Centro de Estudos Jurídicos (Cejur), antes de ir para a Procuradoria Tributária, onde atuou na execução e no contencioso. Posteriormente, exerceu o cargo de chefe de Gabinete na gestão de Anderson Máximo como procurador-geral. Trabalhou ainda como membro de comissões organizadoras de diversos concursos para Procurador do Estado.

O sentimento que fica, depois desses mais de 28 anos dedicados à PGE e ao Estado, diz Hernane, é o de dever cumprido. “Nossa carreira se reinventou, se reestruturou. Houve uma época em que só quem tinha vocação continuava na PGE, porque a remuneração era muito desigual em relação a outras categorias, mas a Procuradoria se fortaleceu, passou a apresentar muitos resultados”, esclarece. “Nossa geração está entregando a essa geração nova uma Procuradoria mais ágil, moderna e eficiente. Caberá a esses jovens conduzir essa PGE.”

Carla Borges
Talíta Carvalho
Assessoria de Comunicação PGE

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