Violência doméstica e familiar contra a mulher é tema de roda de debates na PGE

Violência doméstica e familiar contra a é o tema da roda de debates que reuniu servidores da Procuradoria-Geral do Estado para ouvir e interagir com três das maiores especialistas no assunto em suas áreas de atuação: a delegada titular da 1ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de Goiânia, Ana Elisa Gomes Martins; a defensora pública Gabriela Marques Rosa Hamdan, coordenadora do Núcleo Especializado de Defesa e Promoção dos Direitos da Mulher; e a perita criminal Gyzele Cristina Xavier Santos Souza, coordenadora do coletivo Em Nome Delas.

O auditório da PGE ficou lotado de servidoras e servidores que ouviram relatos sobre casos, sempre chamando a atenção para o olhar diferenciado e o tratamento que deve ser dispensado a essas situações.

A primeira a falar foi a coordenadora do Comitê Permanente para Questões da Mulher e da Diversidade da PGE, a procuradora Fabiana Baptista de Bastos Lopes. Ela apresentou as convidadas, agradeceu pela participação dos presentes e ponderou que falta acesso a informações. “Falta saber os direitos da mulher vítima de violência doméstica e familiar”, constatou a procuradora, acrescentando que, por meio de eventos como esse, todos os participantes podem reproduzir essas informações.

A perita Gyzele falou sobre os vários tipos de violência contra a mulher que podem ser praticados e sobre as diretrizes para tipificar o crime de feminicídio. “Papéis de gênero fundamentam o bulybullying e as violências que a mulher sofre”, pontuou, lembrando que quem mais sofre violência é quem transcende os papéis.

A delegada Ana Elisa falou da convivência diária com vítimas e agressores, casos e dramas. Ela lembrou de um caso, que teve repercussão nacional, devido ao desfecho que teve, de uma mulher transexual que buscou medida protetiva na Deam, que representou à Justiça para que a proteção fosse concedida. Mas o juiz não só indeferiu como ofendeu bastante a vítima. “Toda e qualquer pessoa que chega à Deam e se identifica como mulher recebe atendimento”, assegurou.

A defensora pública Gabriela mostrou dados alarmantes para falar sobre a campanha do ativismo pelo fim da violência contra a mulher. Ela lembrou que no Brasil ocorre um estupro a cada 11 minutos; 503 mulheres são agredidas por hora; são 5 espancamentos de mulheres a cada 2 minutos. Ela lembrou ainda que Goiás é o segundo Estado do Brasil onde mais se matam mulheres. Considerando especificamente mulheres negras, Goiás é o líder nacional em casos. “Por tudo isso, é muito importante falar sobre a violência contra a mulher”, concluiu.

[galeria_wordpress caminho=bagallery/gallery-7]

Governo na palma da mão

Pular para o conteúdo