A Polícia Técnico-Científica – por meio dos Institutos Médicos Legais (IML) de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Catalão e Anápolis – contribuiu de maneira decisiva para que a fila de espera para transplante de córnea fosse zerada em Goiás.

A afirmação é da FUBOG – Fundação Banco de Olhos de Goiás – que, desde 1977 faz a nucleação, análise e armazenamento das córneas destinadas a transplantes no Estado. Segundo a Fundação, a parceria com a SPTC foi determinante para que a média de captação subisse de 60/80 doações mês para 100/120 doações mês.

Com total apoio da SPTC –  que disponibiliza espaço adequado, humanizado e acolhedor para a abordagem das famílias – a FUBOG mantém equipes de prontidão nos IML, 24 horas/dia,  e também nos principais hospitais do Estado, o que permite a extração da córnea em tempo hábil para o transplante.

O Presidente da Fundação Bancos de Olhos de Goiás – Zander Campos – assegura que a presença das equipes nos IML e nos hospitais “é essencial para garantir a qualidade das córneas” que, após a morte, precisam ser retiradas em, no máximo, 6 horas. Caso contrário, perdem as condições para um transplante bem sucedido.

A Superintendente de Polícia Técnico-Científica – Rejane Barcelos – lembra que a abordagem das famílias acontece em um momento extremamente delicado mas assegura que é gratificante contribuir para que outras pessoas tenham a visão restabelecida. “Compreendemos a delicadeza e a urgência de toda a situação e apesar das dificuldades, entendemos que vale a pena e ficamos muito gratificados em poder ajudar. Essa parceria é uma recompensa”, diz.

A estratégia de captação da qual a SPTC faz parte permitiu, inclusive, que Goiás passasse a ajudar outros Estados. De acordo com a Fundação, pacientes de Minas Gerais, Ceará, Rio de Janeiro, Acre, Rondônia, Mato Grosso do Sul e Distrito Federal já recebem córneas captadas aqui.

Dados da FUBOG dão conta de que, em setembro de 2016, 596 pessoas estavam na fila de espera por um transplante de córnea em Goiás, das quais, 40 crianças. Em setembro deste ano, esse número tinha caído para 82 pessoas, sendo 15 crianças.

O anúncio de que a fila de espera foi zerada aconteceu no dia 23 de novembro passado.